O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, não se vai recandidatar ao cargo de presidente do CRUP, deixando vago o lugar que ocupou nos últimos três anos, desde outubro de 2020.
Nas eleições de hoje apresentam-se a votos o reitor da Universidade de Aveiro (UA), Paulo Jorge Ferreira, e o da Universidade do Minho (UM), Rui Vieira de Castro.
São dois professores catedráticos de áreas distintas: Paulo Jorge Ferreira é especialista na área das ciências, sendo doutorado em Engenharia Eletrotécnica, enquanto Rui Vieira de Castro é um homem das Letras, que desenvolveu a sua atividade de ensino sobretudo nas áreas das Literacias e da Educação e Linguagem.
O professor catedrático no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da UA conta com uma vasta experiência em cargos de direção e gestão departamental, segundo uma nota biográfica publicada no Conselho Nacional de Educação.
Da sua atividade de investigação resultaram algumas patentes nacionais e internacionais, tendo vencido o Prémio Científico IBM, em 1993, com um trabalho baseado na sua tese de doutoramento - Estudo e Unificação de uma Classe de Problemas de Amostragem, Interpolação e Extrapolação.
Já Rui Vieira de Castro é mestre em Linguística Portuguesa Histórica, doutor em Educação e professor catedrático do Instituto de Educação Minho.
Os seus interesses científicos concentram-se nas áreas da Educação e Linguagem, com foco principal nas questões do ensino do português, e das Literacias, tendo publicado mais de oitenta trabalhos académicos, segundo informação publicada na página da UM.
Colaborou com universidades portuguesas e estrangeiras e dirigiu inúmeras instituições, desde a Associação Portuguesa de Linguística, à Unidade de Educação de Adultos ou ao Instituto Confúcio.
O CRUP é um organismo de coordenação do ensino universitário em Portugal que reúne 16 instituições, ou seja, as universidades públicas, o ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa e o IUM -- Instituto Universitário Militar.
Sem interferir na autonomia das diferentes instituições, o CRUP tenta ser a voz das universidades, tendo o desígnio de colaborar na formulação das políticas nacionais de educação, ciência e cultura, assim como pronunciar-se sobre projetos legislativos que digam respeito ao ensino universitário público ou a questões orçamentais.
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