O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou o encenador Carlos Avilez, que morreu na madrugada desta quarta-feira, como uma "figura fundamental de uma geração que mudou o teatro português".
"Carlos Avilez ficará como figura fundamental de uma geração que mudou o teatro português entre as décadas de 1960 e 70, e com continuidade bem depois disso", refere a Presidência da República através de um comunicado, lembrando ainda Joaquim Benite ou Jorge Silva Melo, "que nos deixaram nos últimos anos".
A nota destaca ainda a estreia de Avilez como ator "em meados dos anos 50 na companhia Rey Colaço – Robles Monteiro", assim como a sua passagem pela "Guilherme Cossoul, em Lisboa, o TEP, no Porto, ou o CITAC, em Coimbra".
"Com o Teatro Experimental de Cascais, de que foi um dos fundadores em 1965, propôs um teatro inconformista e ousado, à qual a situação era adversa, levando à cena autores como Lorca, Osborne, Arrabal, Gombrowicz ou Genet", acrescenta a nota.
Nos anos seguintes, "destacam-se as funções de diretor dos dois teatros nacionais, o S. João e o D. Maria II, e a fundação da Escola Profissional de Teatro de Cascais", a qual descobriu e formou muitos jovens atores.
Carlos Avilez foi ainda agraciado com ordens nacionais, como "as insígnias de Membro Honorário da Ordem do Mérito em nome do TEP" em 2018.
"Distinção que tive o prazer de lhe entregar enquanto Presidente da República, e enquanto seu espectador, admirador e amigo, em reconhecimento de seis décadas de arrojo, entusiasmo, persistência e generosidade", concluiu Marcelo.
De recordar que o encenador Carlos Avilez morreu na madrugada desta quarta-feira, dia 22 de novembro, aos 84 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
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