Imagens do protesto dos polícias (da Praça do Comércio até ao Capitólio)

Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês, exigindo melhores condições salariais.

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Daniela Carrilho
19/02/2024 23:41 ‧ 19/02/2024 por Daniela Carrilho

País

GNR e PSP

Cerca de 3.000 elementos da Polícia de Segurança Púbica (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) estiveram esta segunda-feira concentrados na Praça do Comércio, em Lisboa. De seguida, centenas de agentes da autoridade deslocaram-se até ao Capitólio, onde decorreu o debate eleitoral entre os líderes do PS e do PSD, num protesto espontâneo que não estava autorizado.

Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês, exigindo melhores condições salariais, como um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

Centenas de polícias, que se deslocaram até ao Capitólio num protesto não autorizado, vestiam camisolas pretas e empunhavam bandeiras de Portugal. Entre assobios e palmas, gritavam palavras de ordem como "polícias unidos jamais serão vencidos", "vergonha", "respeito" e "Portugal", além de cantarem o hino nacional.

Entretanto, os manifestantes desmobilizaram pouco depois das 22h00, quando os automóveis que transportavam os líderes do PSD e do PS, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos respetivamente, saíram do local, sem incidentes a registar.

Durante o debate, os líderes do PS e do PSD reiteraram estar disponíveis para dialogar e chegar a um acordo sobre as reivindicações das forças de segurança após as eleições, mas Pedro Nuno Santos avisou que "não se negoceia sob coação".

Ao longo do debate, muitos dos polícias foram desmobilizando, acabando por ficar apenas cerca de uma centena.

A concentração de elementos da PSP e GNR na Praça do Comércio estava autorizada e tinha sido comunicada à autoridade competente, a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

No entanto, o mesmo não aconteceu com o desfile que se seguiu, pela Rua da Prata, Praça do Rossio e Avenida da Liberdade, e com a concentração junto ao Capitólio. Nesse sentido, a Direção Nacional da PSP anunciou entretanto que vai comunicar o sucedido ao Ministério Público.

Leia Também: Polícias querem manter "chama acesa das reinvindicações" em dia de debate

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