A fonte da Polícia Judiciária (PJ) indicou que a mulher foi presente a primeiro interrogatório Judicial no Tribunal de Setúbal, que lhe decretou a medida de coação mais gravosa.
A mulher foi detida na terça-feira, disse hoje à Lusa fonte do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da PJ.
Num comunicado, a PJ especificou que a suspeita foi detida fora de flagrante delito, no concelho de Sines, por existirem "fortes suspeitas da prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada em contexto de violência doméstica".
A detida e a vítima "mantinham um relacionamento há dois anos", período no qual ficaram "conhecidos diversos episódios de violência doméstica, quer de natureza verbal, quer de natureza física, cujas causas estão relacionadas com a dependência da agressora", adiantou, no comunicado, a PJ.
Segundo a fonte do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da PJ, a dependência da agressora está relacionada com drogas.
Na passada segunda-feira, acrescentou esta polícia no comunicado, durante uma discussão, a mulher "desferiu várias facadas na vítima, suscetíveis de lhe causarem a morte, com recurso a uma faca de cozinha".
Na madrugada desse dia, explicou então à Lusa uma fonte do Destacamento de Santiago do Cacém da GNR, a vítima alertou as autoridades depois de ter sido "esfaqueada na zona do peito".
"Ao chegarem ao local, os militares do posto da GNR de Sines encontraram o homem, sozinho, no interior da habitação e em estado grave", explicou a mesma fonte.
Também em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Sines, Vítor Gonçalves, indicou apenas que a vítima apresentava "ferimentos diversos".
"Quando os bombeiros chegaram ao local, depararam-se com um indivíduo, eventualmente vítima de agressão, com ferimentos diversos e em estado considerado grave", afirmou.
O homem foi transportado para o Hospital do Litoral Alentejano, no vizinho concelho de Santiago do Cacém e mais tarde, foi transferido de helicóptero para uma unidade hospitalar em Lisboa.
Já a mulher acabou por ser localizada pelos militares do Posto de Sines na via pública, tendo então sido levada para as instalações da Polícia Judiciária em Setúbal para ser submetida a interrogatório.
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