Em comunicado enviado à agência Lusa, a ASAE explicou que a operação realizada pela Brigada Especializada das Indústrias de Produtos de Origem Animal, da Unidade Regional do Centro, visou a fiscalização e controlo direcionado ao fabrico de refeições e pratos pré-cozinhados, no âmbito do combate a ilícitos contra a saúde pública numa indústria do concelho de Coimbra.
Os inspetores da autoridade alimentar constataram que o referido operador económico "adquiria torresmos em vácuo, em blocos de 3 kg, para proceder ao seu corte e reembalamento em quantidades inferiores".
Segundo a ASAE, a empresa suspeita de fraude fazia constar na rotulagem do produto que este continha carne como um dos ingredientes, quando apenas tinha gordura de suíno, "induzindo em erro os consumidores quanto à sua composição".
"Salienta-se que a definição de torresmos prevista na legislação em vigor não inclui carne, sendo os mesmos considerados resíduos proteicos da fusão, após separação parcial da gordura e da água", observou a ASAE.
Da operação resultou a instauração de um processo-crime por fraude sobre mercadorias, resultante da "comercialização, para venda ao público, de um produto de qualidade inferior àquela que afirmava possuir".
Foi ainda instaurado um processo de contraordenação à mesma empresa por falta de marca de identificação.
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