De acordo com a programação divulgada pela Fundação Amílcar Cabral, as atividades incluem debates, conferências, lançamento de livros e de selos, feiras, exposições, desporto, cinema, marcha e concertos musicais.
As celebrações arrancaram domingo, com a publicação, no Senegal, da obra coletiva "Amílcar Cabral: 50 ans aprés" -- 1.º volume, e vão continuar com o XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que começa na quinta-feira, na cidade da Praia, e que homenageia o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense.
O encontro de escritores é organizado pela Câmara Municipal da Praia e pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), e também homenageia o poeta Luís de Camões.
Em Cabo Verde, vão decorrer outras atividades, com destaque para o simpósio internacional, nos dias 09 e 10, na Uni-CV, na Praia, que vai contar com intervenções de mais de 50 investigadores que se têm dedicado ao estudo da vida e obra de Cabral.
O evento vai ser realizado também na Guiné-Bissau, nos dias 11 e 12, sempre com transmissão online, naquela que é a única atividade do programa naquele país de nascimento de Cabral.
No dia do centenário, 12 de setembro, às 09:00 locais (11:00 em Lisboa), o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, vai depositar uma coroa de flores no memorial e descerrar uma placa comemorativa dos 100 anos do nascimento de Amílcar Cabral.
No mesmo dia, mas às 18:00 locais, serão lançados selos alusivos ao centenário, numa emissão conjunta dos Correios de Cabo Verde e de Portugal.
Ainda na Praia, um dos outros pontos altos será um grande "concerto por Cabral", no dia 14, de entrada gratuita, no largo que leva o seu nome, na Várzea, com atuação de Manú Reis, Cabo Verde Show, Karyna Gomes, Princezito, Jonathan, Hélio Batalha, Gá DaLomba, Amílcar Semedo e Cjey Patronato.
De 11 a 21 de setembro, vai decorrer na Praça Alexandre Albuquerque, no Plateau, centro histórico da capital cabo-verdiana, uma feira, com exposição de 40 painéis sobre a vida e obra de Cabral, de pinturas, venda de artesanato e marchandising, tertúlias e haverá um palco com concertos com músicos mais jovens de Cabo Verde.
Ainda na ilha cabo-verdiana de Santiago haverá, no Tarrafal, um concerto pela paz.
As ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal e Boa Vista também vão homenagear Cabral.
A primeira atividade em Portugal decorre quarta-feira, em Coimbra, numa iniciativa da Escola da Noite e da Cena Lusófona, em parceria com mais de uma dezena de instituições da cidade e do país, que inclui livros, música, documentários, ateliers, teatro, debates e exposições.
Amílcar Cabral "vai estar" ainda no dia 07, sábado, na Festa do Avante, em Lisboa.
No dia 12, vai acontecer, na Torre do Tombo, o primeiro encontro de escritores e artistas guineenses e o lançamento do livro "Cartas de Amílcar Cabral a Ana Maria: entre mi e ti houve amor".
Em 13 de setembro, o Theatro Circo, em Braga, recebe o ciclo Paraíso, com artistas de variadas áreas artísticas - da literatura à dança contemporânea, da música à performance, proporcionando espetáculos e conversas sobre temáticas ligadas à história do movimento negro em Portugal, à vida e obra de Amílcar Cabral, e à inovação e tradição na música lusófona.
Durante todo o mês de setembro acontecerão iniciativas em Angola, Estados Unidos, Luxemburgo, Itália, Espanha e Países Baixos, cuja programação pode ser consultada nas páginas oficiais da Fundação.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de setembro de 1924, em Bafatá, na então Guiné portuguesa (hoje Guiné-Bissau), e foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, Guiné.
As comemorações do centenário do nascimento têm sido marcadas por diversos eventos académicos, culturais, políticos, desportivos, sociais em várias partes do mundo.
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