Em comunicado, aquela estrutura explica que o tema da criação é a relação entre a individualidade e a coletividade, tendo como ponto de partida o estudo do comportamento do micélio e dos organismos simbióticos.
"O micélio, ou seja, o aparato vegetativo dos fungos, percorre o subsolo numa densa rede de conexões entre plantas", constituindo "um veículo de elementos nutritivos de vital importância", já que transporta informações e tem uma relacão simbiótica com as raízes "que nos faz perguntar onde inicia o micélio e onde acaba a planta", acrescenta a Fogo Lento.
"Quando tu olhas para a floresta, ela olha de volta para ti. Ela também vos diz respeito. Debaixo de nós há um corpo subterrâneo, composto por milhares de fios, hifas, o nome é "hifas", elas já aqui estavam há milhões e milhões e milhões de anos. Muito antes de nós chegarmos, existia aqui vida subterrânea", acrescenta aquela estrutura.
Com texto de Alex Cassal, a performance é interpretada por Jo Da Silva e Constanza Givone, que também assina a coordenação artística, e Clélia Colonna, responsável pela composição musical.
Com espaço cénico e imagem de Svenja Tiger, luz de Mariana Figueroa e som de João Guimarães, a performance tem duas récitas, às 16 horas, e às 21h30.
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