Governo "a agir a alta velocidade". "Este Portugal é um Portugal novo"
O primeiro-ministro afirmou hoje que o executivo PSD/CDS-PP está a gostar muito de ser Governo, não pela "realização pessoal, mas pelo bem comum", dizendo estar a trabalhar para construir "um Portugal novo".
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Luís Montenegro falava na apresentação da adjudicação ao consórcio Lusolav da concessão da primeira de três fases (Porto-Oiâ) da linha ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, e não deixou de se referir ao contexto do dia em que decorreu esta apresentação.
"É de facto reconfortante poder estar aqui depois de cerca de meio ano de exercício de funções, num dia que é um dia importante, é o dia do orçamento, mas até no dia do orçamento há mais vida para além do orçamento, há um contexto de governação transversal", salientou.
Montenegro recordou que a semana começou com o lançamento do Hospital de Todos os Santos e anunciou que terminará, na sexta-feira, com uma deslocação à zona dos incêndios.
"Terei ocasião amanhã, eu e o Governo, de levar à vida de alguns portugueses a contribuição do Governo da República para a reposição da sua situação antes dos incêndios que vivemos há menos de um mês", afirmou.
Montenegro defendeu que "este é de facto um Governo que está a agir a alta velocidade, é um Governo que tem pressa, mas não é apressado", dizendo que os políticos existem "para decidir em nome do povo" com a convicção de que as suas decisões têm um reflexo de médio e de longo prazo.
"E nós gostamos muito de ser políticos, gostamos muito de estar no Governo - no bom sentido que isso encerra, não é de realização pessoal, é no bom sentido de decidir a pensar no bem comum - a pensar naquilo que será o país, que será a nossa comunidade a seguir a nós", afirmou.
O primeiro-ministro reiterou que, "com todas as vicissitudes que rodeiam a governação", o executivo está satisfeito por "estar a governar o país, mas com um espírito verdadeiramente transformador".
"Este Portugal é um Portugal novo, este Portugal é um Portugal diferente", defendeu, repetindo, como tem feito noutras ocasiões, que o futuro do país se constrói "com uma administração pública competitiva que garante os principais serviços públicos", mas também com as empresas, salientando o acordo de concertação social assinado.
À margem da cerimónia, o ministro Miguel Pinto Luz foi questionado sobre o Orçamento do Estado e manifestou-se "absolutamente convencido que o PS vai viabilizar" o documento, considerando que o Governo "cumpriu integralmente" os pré-requisitos do PS.
Sobre a TAP, o ministro das Infraestruturas e Habitação disse que "nunca esteve no orçamento" o processo de privatização.
"Está exatamente aquilo que a negociação com o Partido Socialista pediu. Quando estamos num processo negocial, quando uma parte pede 100 e a outra parte dá exatamente 100, eu não vejo outra hipótese senão esse processo negocial ser absolutamente irrecusável", afirmou.
Confrontado com a posição do PS, que ainda não decidiu se irá ou não viabilizar o Orçamento do Estado para 2025, respondeu: "Os 'timings' agora são do PS e nós estamos tranquilamente, com enorme humildade, a aguardar esse momento".
O Orçamento do Estado para 2025 vai ser hoje entregue no parlamento e será votado na generalidade no dia 31 de outubro, tendo ainda aprovação incerta, já que os 80 deputados do PSD e CDS-PP são insuficientes para assegurar a sua viabilização.
Na prática, só a abstenção do PS ou o voto a favor do Chega garantem a aprovação do OE2025.
[Notícia atualizada às 13h35]
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