Alguns operacionais dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, em Lisboa, estão em protesto e exigem o pagamento de salários em atraso.
A notícia foi inicialmente avançada pela CNN Portugal e dava conta de que cinco dos nove bombeiros contratados da corporação estariam barricados no interior do quartel por não terem recebido os salários. Em causa estará o fim da ajuda que era prestada por um empresário benemérito.
"Continuam sem receber", disse a esposa de um dos bombeiros, em declarações à estação televisiva, referindo que têm sido feitas várias "promessas" de pagamento, mas que a situação "tem-se vindo a arrastar".
"As duas bombeiras que estavam aqui não têm onde morar. Eu e o meu esposo não temos água nem luz, temos dois animais, não temos comida em casa", relatou, acrescentando que o marido tem o salário do "mês de setembro em atraso".
O protesto está a decorrer desde dia 23 de setembro. "Vêm todos os dias, apresentam-se ao trabalho, assinam o livro de ponto e continuam", disse.
Neste momento, em casos de urgência, "sai apenas uma ambulância".
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com os Bombeiros Voluntários da Ajuda, que negaram que os bombeiros estejam barricados.
"Ninguém está barricado", disse Susana Mendes, secretária da direção, explicando que os bombeiros "têm saído e entrado".
A responsável diz que são "três bombeiros" e não cinco nesta situação, acusando-os de "omissão de socorro a vítimas".
Susana Mendes disse ainda que só os salários de setembro estão em atraso, desde o dia 8 de outubro.
Confrontada com as declarações prestadas à CNN pela esposa de um dos bombeiros, a secretária defendeu: "É mentira". A responsável alegou ainda ter sido alvo de ameaças. "Fez ameaças a mim e ao tesoureiro nas redes sociais, apresentei queixa na polícia", completou.
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