"Há tanto feito, mas também tanto por fazer em democracia em Portugal"

O presidente do Governo dos Açores considerou hoje que a educação desempenha um papel central na formação da cultura democrática e no fortalecimento da autonomia, mas observou que há "tanto por fazer em democracia" em Portugal.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
23/10/2024 16:51 ‧ 23/10/2024 por Lusa

País

José Manuel Bolieiro

pela educação que ganhamos a cultura da participação democrática, o conhecimento a favor da nossa autonomia e da nossa própria liberdade, e a capacidade crítica. Este é um elemento decisivo da democracia", afirma José Manuel Bolieiro, citado numa nota de imprensa do executivo regional.

 

O líder do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), que falava hoje na sessão de abertura do Congresso Internacional Comemorativo do 50.º aniversário do 25 de Abril, na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, salientou ainda o valor da participação cívica.

"O principal valor da democracia não está no dizer, mas sim no partilhar, no envolver, no chamar cada um à causa comum", afirmou.

No seu discurso, Bolieiro defendeu também uma governação democrática que promova a participação esclarecida e ativa de todos, "para que cada um possa dar o melhor de si em prol do bem comum".

Segundo a nota, o governante aproveitou a oportunidade para elogiar a organização do congresso e destacar o seu valor pedagógico, sobretudo para as gerações mais jovens, afirmando que eventos como este "são fundamentais para o debate sobre o que já foi feito em termos de democracia e autonomia, e para inspirar novas conquistas".

"Há tanto feito, mas também tanto por fazer em democracia em Portugal", disse, destacando depois a importância de "educar e informar os mais jovens sobre o funcionamento das instituições democráticas e a importância da cidadania ativa na construção de um futuro coletivo".

José Manuel Bolieiro também falou sobre a importância da paz e do respeito pela soberania dos povos, associando a ausência de guerra à cultura democrática.

"A guerra existe por falta de cultura democrática e de respeito pela cultura e soberania de cada um", afirmou, destacando que o 25 de Abril foi uma revolução pacífica e deve ser lembrada como um exemplo de como a paz pode ser alcançada pela via democrática.

O governante sublinhou ainda o papel fundamental da democracia e da educação no progresso dos Açores e do país, apontando a Universidade dos Açores como um exemplo do que a democratização permitiu alcançar.

A Universidade dos Açores é "filha da democracia e da democratização portuguesa, reforçando a autonomia política dos Açores e da Madeira", referiu, acrescentando que a instituição, através do conhecimento científico, tem promovido "uma capacidade crítica, criativa e construtiva na região".

O congresso, que reúne académicos, investigadores e figuras políticas para debater o legado e o impacto da Revolução de 1974, realiza-se no âmbito das comemorações nacionais da Revolução dos Cravos.

Leia Também: Bolieiro pede coesão territorial e que prevaleça a "força na razão" no OE

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