Caso BESA. Álvaro Sobrinho pode escapar à Justiça portuguesa

O antigo presidente do BES Angola não tem nacionalidade portuguesa há 40 anos, mas continuou a usar os documentos portugueses até este ano. Há três meses que está em Angola, país que pode agora recusar extraditá-lo.

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© Álvaro Isidoro / Global Imagens

Notícias ao Minuto
07/11/2024 09:28 ‧ 07/11/2024 por Notícias ao Minuto

País

Justiça

O julgamento do caso BESA, em que Álvaro Sobrinho e Ricardo Salgado estão acusados burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais, está prestes a começar, mas ninguém sabe se o banqueiro angolano vai sentar-se mesmo no banco dos réus.

 

Uma investigação da SIC Notícias, que foi para o ar na noite de quarta-feira, revela que Álvaro Sobrinho foi retido no passado mês de agosto, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde lhe foi apreendido o passaporte, porque o presidente do BES Angola deixou de ser português há 40 anos.

De acordo com este  canal de televisão, Álvaro Sobrinho renunciou à nacionalidade em 1984, mas continuou a usar, por alegada "falha de comunicação" do  Instituto dos Registos e Notariado, os documentos portugueses até este ano.

Sem dupla nacionalidade, o arguido regressou a Luanda, sem cumprir o Termo de Identidade e Residência, cuja morada declarada é em Cascais.

Por já não ser português, lembra ainda a SIC, Angola pode recusar extraditá-lo para Portugal, para ser julgado no processo em que é acusado de ter desviado 400 milhões da sucursal angolana do BES.

Leia Também: Contabilista do GES não ocultou passivo "por iniciativa própria"

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