"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do doutor Belmiro Moita da Costa, antigo presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova e pai de Nuno Moita da Costa, atual presidente", lê-se na página oficial do Município na rede social Facebook.
Belmiro Moita da Costa nasceu a 21 de dezembro de 1946 na aldeia de Arrifana, no concelho de Condeixa-a-Nova, tendo sido presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, deputado na Assembleia da República, professor universitário e consultor financeiro.
Segundo a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, o funeral terá lugar sábado, pelas 15h45, na Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova, sendo depois sepultado no cemitério da Ega.
"No percurso da Casa Mortuária para a Igreja matriz, que será feito a pé, terá uma paragem em frente à Câmara Municipal, momento em que se prestará última homenagem ao doutor Belmiro Moita da Costa", indica.
Licenciado em Finanças pela Universidade Técnica de Lisboa, Belmiro Moita da Costa foi docente na Faculdade de Economia e Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Na vida política, foi presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova durante dois mandatos (1986-1989 e 1990-1993) e presidente da Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova (1994-2009), além de deputado na Assembleia da República durante a III Legislatura (1983-1985).
"Foi pela mão de Belmiro Moita da Costa, enquanto presidente da Câmara, que abriu ao público a Casa Museu Fernando Namora, a 30 de junho de 1990, dando a conhecer a vida e a obra de uma figura insigne das letras e artes portuguesas, condeixense, poeta e médico ali nascido em 1919. Durante os seus dois mandatos, destacou-se ainda pela política de apoio ao associativismo, que permitiu a dinamização de diversas coletividades, obras e eventos culturais e sociais", refere a autarquia.
Segundo a nota publicada, Belmiro Moita da Costa assumiu funções diversas em órgãos sociais de várias instituições do concelho: Santa Casa da Misericórdia, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e Clube de Condeixa.
Após a aposentação, dedicou-se à escrita, publicando várias obras, tanto técnicas como literárias.
Entre os seus trabalhos, destacam-se 'Tertúlia de Amigos', 'Dias de Caça' e 'Alienígenas em Conímbriga'. Colaborou também em diversas publicações técnicas como 'IRS e IRC' (2024), 'O Orçamento e a Conta Geral do Estado' (2022), 'Finanças Públicas' (2024), onde partilhou a autoria com o seu filho Nuno Moita da Costa.
Em 24 de julho de 2013, por ocasião do feriado municipal, foi distinguido com a Medalha de Mérito Municipal atribuída pelo Município de Condeixa.
"Condeixa perdeu hoje um amigo, um democrata, um condeixense de ouro, um homem cuja voz e presença transmitiam respeito e confiança. Dotado de uma inteligência notável, foi um homem que tocou a vida de todos, pelo exemplo de integridade, dedicação e coragem. Será para sempre lembrado com saudade e reconhecido no legado que nos deixa", destaca ainda a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.
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