Pela segunda vez num mês, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM operaram sem sistema informático, durante três horas, na quarta-feira.
"Verificou-se um constrangimento no sistema informático entre as 16h00 e as 19h00, que não afetou o atendimento e triagem de chamadas nem o acionamento de meios de emergência. As causas estão a ser investigadas", confirmou o INEM ao Notícias ao Minuto.
O organismo adiantou que tem "medidas de contingência para evitar a afetação do sistema em casos de avaria, ataques, ou outros, o que se verificou neste caso concreto, impedindo que a atividade fosse afetada".
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, confessou ao jornal Público que os problemas "são o resultado do desinvestimento do anterior Conselho Diretivo do INEM", sendo que, durante oito anos, não houve "um único investimento".
O responsável salientou ainda que os técnicos de emergência pré-hospitalar realizaram o atendimento de forma manual e que "não houve mais do que cinco a seis chamadas em espera". Em termos de tempos de espera, tratou-se, assim, de "um dia normal no INEM com o sistema informático a funcionar de forma adequada".
Rui Lázaro sublinhou que foi fundamental o reforço de técnicos levado a cabo após as consequências da greve que, no início do mês, poderá ter motivado a morte de pelo menos 11 pessoas, devido aos atrasos nos pedidos de socorro.
Contudo, foi registada uma falha semelhante a 14 de novembro, entre as 9h30 e as 12 horas. De acordo com o sindicalista, as causas dos problemas estão a ser investigadas.
[Notícia atualizada às 11h12]
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