"A desistência do projeto Aurora representa mais uma evidência da falta de ideia desta administração para o futuro da empresa/grupo", defendeu a CCT, em comunicado, considerando que "não há futuro para a gestão privada Amorim que não signifique a destruição" da Galp.
A Galp comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na semana passada, a decisão de abandonar o projeto Aurora, para uma refinaria de lítio em Setúbal, depois da desistência da Northvolt e de não ter arranjado outro parceiro.
"A Aurora ficou definitivamente viúva e a administração continua a marcar passo e a demonstrar a incapacidade para encontrar caminhos de futuro. Há um capítulo que se fecha sem que se abra um novo no plano estratégico", acusou hoje a CCT.
A estrutura representativa dos trabalhadores do grupo destacou a venda e encerramento de ativos desde 2020, entre os quais o encerramento da Refinaria do Porto, que considerou um "crime económico e social", bem como a "redução do capital social da Empresa - 9% em três anos - à custa de fundos próprios".
Já sobre a descoberta de petróleo na Namíbia, a CT disse ainda não se saber "qual vai ser o desfecho final".
"Mas, de qualquer modo, se não servir para alavancar investimentos produtivos no país com vista a reforçar a sua capacidade industrial para produzir combustíveis, será mais uma máquina de produzir dinheiro para enviar para o estrangeiro sem fazer sequer escala em Lisboa".
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