Segundo o comunicado divulgado hoje, a OM vai organizar uma reunião, que deverá ocorrer na próxima semana, com a presença do Bastonário Carlos Cortes para "identificar as principais razões que levaram estes médicos a não prosseguir com a sua especialização no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
A OM já enviou a todos os médicos um questionário para compreender as causas desta decisão e pretende ainda preparar um plano que será entregue ao Governo para "evitar que tantas vagas fiquem por preencher", segundo o bastonário, citado no comunicado.
"Queremos perceber o que está a falhar no sistema e quais as motivações que levaram estes médicos a não escolher uma especialização. O país e o SNS precisam de mais médicos especialistas" acrescentou o bastonário.
A Ordem dos Médicos informou que solicitará depois do encontro com os médicos uma "reunião com caráter de urgência" à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para "discutir propostas e preparar um plano para a revisão do sistema de formação e acesso às especialidades médicas".
A OM recordou ainda que no último concurso para o Internato Médicos ficaram por ocupar 307 de 2.167 vagas em especialidades como Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Patologia Clínica ou Saúde Pública.
Por regiões, o Alentejo ficou com mais de 50% das vagas por preencher, segundo a mesma fonte, que citou a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) sobre os 2.349 candidatos que reuniam condições para ingressar no concurso para a formação especializada, mas apenas 1,860 o fizeram.
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