Tiago Abreu, assessor do vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS), foi alvo de uma carta anónima, enviada a vários gabinetes da autarquia, que o acusa de abuso sexual de menores e de ser "cobardemente protegido pelo sistema".
De acordo com o Correio da Manhã, que avançou com a notícia, as suspeitas remontam a julho de 2023, altura em que, alegadamente, Tiago Abreu terá conversado com uma mulher no Instagram sobre a possibilidade de ter relações sexuais com a filha desta, ainda menor.
Com base nesta denúncia, vários meses depois, a 13 de maio de 2024, a Polícia Judiciária (PJ) terá efetuado buscas à casa do assessor da CML e terá mesmo levado o seu telemóvel para perícias.
Tiago Abreu acabou constituído arguido e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência. Oito meses depois, ainda não foi a julgamento.
Questionado pelo Notícias ao Minuto sobre o caso em questão, Tiago Abreu garantiu estar inocente, acusando a mãe da sua filha mais nova de "todas estas queixas e denúncias".
"Todas estas queixas e denúncias sei bem de onde vêm, a mãe da minha filha mais nova persegue-me com mentiras praticamente desde que ela nasceu. Já me acusou de violência doméstica, de a tentar afogar numa piscina, de a prostituir...e agora vem este tema, tudo por causa da guarda da minha filha", começou por dizer o assessor de Filipe Anacoreta Correia, em resposta ao Notícias ao Minuto, acrescentando que desmente "tudo".
"Desminto com veemência tudo o que está escrito na peça [do Correio da Manhã], é tudo da cabeça de uma pessoa doente, transtornada e de muita má índole. Mas a justiça não tardará", atirou ainda.
Em 2022, Tiago Abreu já tinha sido acusado de violência doméstica pela ex-mulher, crime pelo qual acabou absolvido, depois de o juiz ter dado todos os crimes como não provados.
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