A iniciativa, promovida pelo movimento Lisboa Possível, já conta com mais de 1.500 assinaturas, apela à "criação urgente de uma ciclovia segregada naquela avenida", que liga Oeiras e as freguesias lisboetas de Belém e Ajuda ao centro da cidade.
A ciclovia que existe atualmente "é um passeio partilhado com peões", o que "não oferece condições seguras para a circulação de bicicletas", constatam os subscritores, exigindo uma ciclovia com "separação física, capaz de garantir a segurança de quem nela circula".
Além da construção de uma nova infraestrutura na Avenida da Índia, os signatários defendem "uma maior conexão entre os troços cicláveis existentes, de forma a tornar a bicicleta uma alternativa realmente viável e segura em relação ao automóvel".
A esse propósito, recordam que, desde fevereiro de 2021, está por concretizar um projeto para ligar as ciclovias da Rua Fernão Mendes Pinto (Algés) à Avenida 24 de Julho (Alcântara), atravessando a Avenida da Índia.
Dirigida à presidente da AML, Rosário Farmhouse, a petição lembra que, em 26 de junho de 2021, já havia morrido atropelada outra ciclista na Avenida da Índia, Patrizia Paradiso.
Em 21 de dezembro, o mesmo aconteceu a Pedro Sobral, diretor-geral de Edições do Grupo Leya e presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.
"Estas mortes não foram meros 'acidentes', mas sim o resultado de um planeamento falhado da Avenida da Índia: sem lombas, radares, estreitamento de via ou outras medidas de acalmia de tráfego, onde os carros podem acelerar e a avenida transforma-se numa 'auto-estrada' dentro da cidade", denunciam os peticionários, entre os quais estão, segundo o comunicado, figuras políticas, membros de associações cívicas e ambientalistas e embaixadores do Pacto Climático Europeu.
A morte de Pedro Sobral motivou diversas reações, tendo a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta defendido "medidas concretas" para reforçar a segurança dos ciclistas.
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