Petição pede ciclovia segregada na Avenida da Índia em Lisboa

A petição pela criação de uma ciclovia segregada na Avenida da Índia, na capital, será entregue à Assembleia Municipal de Lisboa na terça-feira, um mês depois de o editor Pedro Sobral ter morrido atropelado nesta zona.

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Lusa
20/01/2025 12:30 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Lisboa

A iniciativa, promovida pelo movimento Lisboa Possível, já conta com mais de 1.500 assinaturas, apela à "criação urgente de uma ciclovia segregada naquela avenida", que liga Oeiras e as freguesias lisboetas de Belém e Ajuda ao centro da cidade.

 

A ciclovia que existe atualmente "é um passeio partilhado com peões", o que "não oferece condições seguras para a circulação de bicicletas", constatam os subscritores, exigindo uma ciclovia com "separação física, capaz de garantir a segurança de quem nela circula".

Além da construção de uma nova infraestrutura na Avenida da Índia, os signatários defendem "uma maior conexão entre os troços cicláveis existentes, de forma a tornar a bicicleta uma alternativa realmente viável e segura em relação ao automóvel".

A esse propósito, recordam que, desde fevereiro de 2021, está por concretizar um projeto para ligar as ciclovias da Rua Fernão Mendes Pinto (Algés) à Avenida 24 de Julho (Alcântara), atravessando a Avenida da Índia.

Dirigida à presidente da AML, Rosário Farmhouse, a petição lembra que, em 26 de junho de 2021, já havia morrido atropelada outra ciclista na Avenida da Índia, Patrizia Paradiso.

Em 21 de dezembro, o mesmo aconteceu a Pedro Sobral, diretor-geral de Edições do Grupo Leya e presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.

"Estas mortes não foram meros 'acidentes', mas sim o resultado de um planeamento falhado da Avenida da Índia: sem lombas, radares, estreitamento de via ou outras medidas de acalmia de tráfego, onde os carros podem acelerar e a avenida transforma-se numa 'auto-estrada' dentro da cidade", denunciam os peticionários, entre os quais estão, segundo o comunicado, figuras políticas, membros de associações cívicas e ambientalistas e embaixadores do Pacto Climático Europeu.

A morte de Pedro Sobral motivou diversas reações, tendo a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta defendido "medidas concretas" para reforçar a segurança dos ciclistas.

Leia Também: Motociclista morre em Vila Nova de Gaia após despiste

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