"Acreditamos que vamos ter mais complicações no trânsito e mais complicações no estacionamento", declarou hoje o autarca, que refere ainda dificuldades de segurança.
João Campolargo assume que, com a abolição das portagens na A25 o Município "só tem a ganhar", nomeadamente o comércio e o turismo, mas alerta para o agravamento de alguns problemas.
Em declarações hoje à Lusa, o presidente da Câmara de Ílhavo descreve que não existem vias prioritárias para o transporte urbano, o que em dias de "engarrafamentos" provoca atrasos nos transportes públicos.
"O congestionamento da Ponte e das entradas e saídas na Costa Nova" continua, apesar de a autarquia ter gasto, em 2019, quase dois milhões de euros na alteração viária da rotunda que distribui o tráfego das praias.
"Criámos uma rede de transportes urbanos, mas temos alguns atrasos e há que estudar situações alternativas, que é o que estamos a fazer", adianta, afastando, para já, a hipótese de uma segunda ponte.
João Campolargo inspira-se no passado para estudar medidas para o futuro: "há uma possibilidade, que é restabelecer a travessia da barca da Bruxa para a Costa Nova".
Restabelecer a travessia do Canal de Mira, entre a Costa Nova e a Gafanha da Encarnação poderá ser uma das medidas: "há algum estacionamento disponível junto da marina e nas imediações do parque dos pescadores, que podem ser explorados".
Outra medida que tem vindo a ser estudada com o Porto de Aveiro é criar também uma travessia fluvial entre o Jardim Oudinot e a Praia da Barra, para pessoas e equipamentos de mobilidade suave.
"Estamos a estudar essa hipótese. Já tivemos alguns operadores turísticos interessados, mas, para isso, o Porto de Aveiro tem de criar as condições para ancoragem, e depois é uma questão de abrir a exploração", finalizou.
Para facilitar a utilização de modos suaves, a câmara está ainda a estudar com a Estradas de Portugal a melhoria das condições de segurança nos acessos cicláveis à Ponte da Barra.
A 01 de janeiro foram abolidas as portagens nas vias rápidas estruturantes do Interior e Algarve conhecidas como SCUT (sem custos para o utilizador), após mais de 13 anos de luta das populações pela reposição do modelo inicial de financiamento destas estradas sem custos para o utilizador.
As portagens foram abolidas na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 - Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 -- Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
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