Segundo um comunicado do juiz presidente da Comarca de Aveiro, Jorge Bispo, esta diligência, que tem como objetivo sortear 100 nomes dos cadernos eleitorais dos 12 municípios da Comarca de Aveiro, vai ter lugar na quinta-feira, pelas 09h30.
O sorteio foi inicialmente agendado para o dia 20, mas não se realizou, por causa da greve dos oficiais de justiça. A diligência foi então reagendada para dia 25 (terça-feira), mas acabou por ser adiada pela segunda vez pelo mesmo motivo.
Esta diligência tem como objetivo sortear 100 eleitores dos cadernos eleitorais dos 12 municípios da Comarca de Aveiro, que terão depois de responder a um inquérito para saber se preenchem os requisitos de capacidade indispensáveis para o desempenho da função, sendo eliminados aqueles que não reúnam os requisitos.
Seguidamente, haverá um segundo sorteio tomando como base o número de respostas não rejeitadas, que para o efeito são encerradas em sobrescritos iguais, dos quais se retiram 18 e é deste grupo que irão sair finalmente os oito jurados (quatro efetivos e quatro suplentes).
A pedido do Ministério Público (MP), o julgamento, que está marcado para 19 de maio, será realizado por um tribunal de júri, constituído por três juízes profissionais e por oito jurados.
O suspeito do homicídio, que se encontra em prisão domiciliária, é um homem que manteve durante cerca de um ano uma relação íntima com a vítima, que tentou sempre manter em segredo, fruto da qual aquela engravidou.
O arguido, detido pela Polícia Judiciária em novembro de 2023, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
A acusação do MP refere que o arguido matou a vítima e o feto que esta gerava, no dia 03 de outubro à noite, no seu apartamento na Torreira, por forma a evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património.
De acordo com a investigação, durante a madrugada do dia 04 de outubro e nos dias seguintes, o arguido ter-se-á desfeito do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, bem como de todos os seus pertences e de um tapete da sala do apartamento, tendo procedido ainda a operações de limpeza profundas no interior do apartamento e nas zonas comuns.
Ainda segundo a acusação, o arguido terá acedido ao telemóvel da vítima e, fazendo-se passar por esta, remetido duas mensagens nas redes sociais a um terceiro indivíduo, insinuando estar a ser ameaçada por este, tendo ainda comunicado com familiares da vítima, negando qualquer encontro com a mesma.
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