Um dos 13 detidos na Operação Mercado Negro, desencadeada esta quarta-feira, será um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP).
A notícia é avançada pela RTP, que dá conta de que este agente estava em funções no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis). O Notícias ao Minuto contactou o Cometlis, por forma a confirmar a informação, mas não foi possível, estando também a tentar entrar em contacto com a Polícia Judiciária (PJ).
Recorde-se que foi desde logo conhecido que, no âmbito desta operação, havia dois guardas prisionais entre os 13 detidos. Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, tráfico de substâncias e métodos proibidos, falsificação de documentos e branqueamento.
Tal como adiantou a PJ quando deu conta da operação, em causa está a entrada "de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais a troco de vantagem patrimonial".
Já hoje a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, falou acerca do assunto, confessando que não a deixava "particularmente orgulhosa" que houvesse guardas prisionais entre os detidos. A responsável pela tutela disse ainda que estes profissionais tinham sido "imediatamente suspensos" e que se abririam os processos disciplinares necessários.
Ao seu lado, o Diretor Nacional da PJ, Luís Neves, também falou, salientando 'em sintonia' com a ministra que "uma andorinha não faz a primavera", e deixando uma palavra de apreço aos guardas prisionais que cumprem a sua missão "com brio". Luís Neves apontou que era "intolerável" que houvesse estupefacientes em prisões.
Em declarações aos jornalistas em Évora, ambos os responsáveis garantiram que a investigação iria prosseguir - tendo, minutos depois, a PJ revelado as imagens do "grande laboratório" no centro de Lisboa que foi desmantelado no âmbito desta operação, que aconteceu em estabelecimentos prisionais de Lisboa, Alcoentre, Sintra e Funchal.
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