Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores, que tem o pelouro do empreendedorismo, Armando Rodrigues, o equipamento com capacidade para acolher 10 projetos empresariais, começou a funcionar com seis.
"Neste momento, já temos seis projetos que estão inseridos na incubadora de empresas que, nesta fase, têm um acompanhamento que é feito por empresas que nos apoiam nesse sentido", referiu hoje o autarca à agência Lusa.
Os projetos são diversificados e são dinamizados por empreendedores locais, sendo que um está relacionado com a criação de uma padaria e outro com a saúde e bem-estar. Entre os seis projetos, dois são na área da agricultura sustentável.
"A incubadora, e o objetivo da incubadora, é exatamente ajudar qualquer pessoa, seja ela empresária ou não, a criar um projeto que, depois, se tudo correr bem ao longo do processo, chegará a uma empresa", disse Armando Rodrigues.
O projeto empresarial autárquico surgiu com o objetivo de o município contribuir para "colmatar uma necessidade do mercado", pois segundo o vice-presidente, não costumam existir, da parte das entidades públicas, bases para a criação de negócios por parte dos privados.
O autarca explicou que, muitas vezes, as pessoas sentem-se limitadas pela situação financeira e por não saberem "os passos que devem seguir" para iniciar um negócio por conta própria.
"E é aí que a incubadora vem colmatar essa necessidade. Através da incubadora, as pessoas podem, de uma forma relativamente mais sólida e sustentada, criar o seu negócio sem grande pressão, sem grande investimento, porque o município acaba por comparticipar com todo esse primeiro investimento. E isto dá-lhes uma segurança", admitiu.
Com o apoio prestado aos promotores de projetos empresariais, este município da ilha das Flores, no grupo Ocidental dos Açores, está a contribuir para que no futuro existam no território mais pequenas e microempresas.
Segundo uma nota da autarquia, com a entrada em funcionamento da incubadora de empresas, o município reforça "o compromisso de alavancar o empreendedorismo, de promover o emprego e de fortalecer e diversificar o tecido empresarial no concelho".
No edifício disponibilizado pela Câmara Municipal os promotores de projetos empresariais no concelho de Lajes das Flores têm acesso a uma sala partilhada (equipada com computadores e ligação à internet), a uma área para reuniões e a uma área de exposição (onde, mais tarde, poderão apresentar os seus produtos).
As várias fases de incubação empresarial totalizam 36 meses e a ocupação dos espaços não tem custos para os utilizadores, segundo o vice-presidente da autarquia.
O edifício onde funciona a incubadora de empresas foi construído de raiz pela Câmara Municipal das Lajes das Flores, custou cerca de 700 mil euros e teve uma comparticipação de fundos comunitários de 500 mil euros.
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