Caso não receba qualquer resposta, o Sinapol ameaça com várias ações de protesto, como manifestações, vigílias e a distribuição de folhetos aos turistas nos aeroportos e portos marítimos sobre as condições socioprofissionais dos polícias, uma iniciativa já desenvolvida em maio e junho do ano passado.
Num ofício enviado hoje à ministra Anabela Rodrigues, o Sinapol reivindica "urgentemente" a convocação de reuniões com os sindicatos e "a imediata resolução dos problemas" que afetam os polícias.
O Sindicato Nacional da Polícia exige que se proceda à colocação nos índices remuneratórios dos cerca de três mil polícias que ainda recebem pelos antigos escalões, ao restabelecimento das 36 horas de trabalho semanal e ao descongelamento do direito à pré-aposentação aos 55 anos.
"Os polícias encontram-se completamente desanimados, desmotivados e cansados e o Ministério da Administração Interna, para agravar mais a situação, tem demonstrado um desinteresse e uma manifesta incapacidade em resolver os problemas que afetam a profissão policial, onde as desigualdades se acentuam e os problemas se acumulam, refere o Sinapol, no ofício enviado a Anabela Rodrigues.
O sindicato lamenta também que cinco meses após a tomada de posse a ministra "continue remetida ao silêncio" e "não demonstre vontade em resolver os problemas que afetam milhares de polícias".
O Sinapol relembra ainda que, em 13 anos de existência de sindicatos na PSP, nenhum ministro da Administração Interna demorou mais de um mês a convocar os sindicatos para uma reunião, após ter tomado posse.