Associação defende na AR cursos para reduzir analfabetismo

Mais de meio milhão de portugueses não sabe ler nem escrever e a Associação Portuguesa de Educação e Formação de Adultos vai apresentar no parlamento uma ideia sem custos muito elevados para tentar corrigir esta realidade.

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Lusa
08/02/2016 18:35 ‧ 08/02/2016 por Lusa

País

Educação

O analfabetismo atinge cerca de 550 mil pessoas em Portugal e não é exclusivo dos mais velhos: "Mais ou menos 40% estão na faixa etária ativa, não se trata apenas de pessoas com mais de 65 anos", contou à Lusa Armando Loureiro, da Associação Portuguesa de Educação e Formação de Adultos (APEFA), sublinhando que este é um problema que atualmente não tem resposta.

A APEFA defende por isso um projeto, "sem custos financeiros muito acrescidos", que consiste em oferecer formação convidando quem já está no terreno.

Desde juntas de freguesia a associações de bairro, todos podem criar grupos de adultos, numa lógica de voluntariado, para dar formação e cursos de alfabetização, explicou Armando Loureiro, sublinhando que este projeto tanto pode ser desenvolvido por entidades públicas como privadas mas sempre por quem tem qualificações para o fazer.

"Era preciso formalizar um processo de certificação e ter um júri composto por professores. Mas ao aproveitarmos o trabalho que já existe os custos seriam praticamente inexistentes", resumiu.

Esta é apenas uma das ideias que a APEFA vai levar na quarta-feira aos deputados da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, onde vai sublinhar a necessidade de acabar com os "percursos incertos e intermitentes" que têm marcado a educação de adultos, "ora com apostas fortes ora com o completo esvaziamento da sua atividade junto das pessoas".

Para a APEFA, a educação e formação de adultos está "pelas ruas da amargura" havendo neste momento apenas "um conjunto muito diminuto de iniciativas", que se resumem a cursos como os EFA (Cursos de Educação e Formação de Adultos) que estão vocacionados para a àrea da empregabilidade e funcionalista.

Defendendo a necessidade de manter esta oferta, Armando Loureiro entende que "todas as pessoas têm de ter direito a ter disponíveis uma oferta que lhes possa resolver os problemas que surgem".

"Queremos que a educação para adultos se transforme num subsistema da educação", com programas vocacionados para a empregabilidade mas também com ofertas para quem simplesmente quer aprender, ou seja, a educação deve ser um direito de todos, independentemente da idade ou formação.

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