"É um problema relacionado com a falta de mão-de-obra nacional. Nós temos pescadores, temos pescadores formados, temos cursos de formação disponíveis para quem quiser obter formação nesta área, mas não há interessados", afirmou à margem do evento "Viver o Douro com mais Segurança".
A governante referiu que as associações do setor, com quem já reuniu e está em contacto, pretendem contratar trabalhadores estrangeiros que aceitem trabalhar com as condições que elas oferecem.
"Tem de existir ponderação, foi isso que foi dito, entre o que é abrir a possibilidade de virem trabalhadores estrangeiros para colmatar as necessidades dos armadores, mas simultaneamente haver alguma proteção em relação aos nossos trabalhadores porque em tempo de crise não haverá tanta abundância de trabalho como existe agora na pesca", frisou.
Ana Paula Vitorino explicou que é uma "discussão sensível" porque há vontade em "abrir a porta", mas não de tal maneira que ponha em causa questões de segurança, de formação, de nível e de qualidade dos pescadores nacionais.