Desde o congresso do PSD que a ex-bastonária da Ordem dos Advogados está na mira dos holofotes. Primeiro, as críticas por parte de outros elementos do partido, como foi o caso de Paula Teixeira da Cruz, que descreveu a eleição de Elina Fraga como uma “traição”, depois a notícia de que a ex-bastonária está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal devido à sua gestão enquanto tesoureira e depois enquanto bastonária da Ordem.
Nesta senda, António Marinho e Pinto saiu em defesa da colega que, afirmou, “colocou em causa os interesses instalados” na Ordem e na Justiça, razão pela qual “muita gente não a vê com bons olhos, porque sabem que com ela não há cedências ao compadrio e ao nepotismo”.
Isto [investigação] foi feito de propósito para vinganças privadas, satisfações de rancor e frustrações na Ordem dos Advogados porque, finalmente, foi devolvida a Ordem aos advogados portugueses […] e não apenas à aristocracia decadente da advocacia lisboeta
Ainda sobre o tema, Marinho e Pinto defendeu Elina Fraga da acusação feita por Paula Teixeira da Cruz: “Não foi a doutora Elina Fraga que apresentou queixa [contra os membros do governo de Passos Coelho aquando do mapa judiciário]. Quem apresentou a queixa foi a Ordem dos Advogados”.
E por falar na ex-ministra da Justiça, o atual presidente do Partido Democrático Republicano acusou-a de ter criado uma “rede clientelar poderosíssima à volta do Ministério da Justiça com mistura de interesses públicos e privados”.
“Foi a ministra mais populista e demagógica que houve na justiça”, rematou.