“O fornecimento da vacina BCG foi regularizado há mais de duas semanas, antes mesmo do tempo previsto”, disse à Lusa a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
O fornecimento da vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) contra a tuberculose, incluída no Plano Nacional de Vacinação e administrada aos bebés à nascença, nas maternidades e hospitais, esteve interrompido durante algumas semanas, tendo a DGS previsto que a sua regularização fosse feita no início de agosto.
O fornecimento da vacina, no entanto, foi retomado já há duas semanas, tendo havido algumas zonas do país onde não chegou a estar interrompido, adiantou Graça Freitas.
Esta interrupção deveu-se a dificuldades a nível europeu, já que existe um fornecedor único: um laboratório público na Dinamarca que fabrica esta vacina para toda a Europa.
“O que acontece por vezes é que o lote de vacinas fica retido para verificar as conformidades, no âmbito do controlo de qualidade a que está sujeito. Isto dá origem a interrupções [de fornecimento] curtas”, explicou.
A DGS assegura contudo que estas interrupções não representam qualquer risco para a saúde pública e que estes intervalos não significam que as crianças vão contrair tuberculose.
A vacina BCG é dada numa única dose logo à nascença na maternidade ou, em casos excecionais, posteriormente, nos centros de saúde.
Por isso, as crianças que não foram vacinadas à nascença deverão agora ser contactadas pelo respetivo centro de saúde.
Os cuidadores destas crianças podem também contactar o seu centro de saúde para obter informação sobre a vacinação.
Já em abril tinham existido problemas no abastecimento desta vacina pelos mesmos motivos.