“Confessou quase a totalidade dos factos, apesar de se revelar sem grande emoção e sempre distante. E disse em audiência ter valido a pena causar a morte dos filhos para castigar o marido e a sogra”, disse a juíza deste processo durante a leitura da sentença de Kelly Oliveira, no tribunal de Alenquer.
Kelly permaneceu no tribunal sempre calada e sem mostrar qualquer tipo de emoção ou de arrependimento. De acordo com a juíza, citada pelo Jornal de Notícias, a brasileira cometeu um homicídio “perverso” e planeou o crime de forma “fria e calculista”, tendo “realizado uma tentativa uma semana antes”.
A mulher de 32 anos foi condenada a 20 anos de prisão pelo homicídio dos filhos, a mais quatro anos pelo crime de maus-tratos e ainda a um ano e oito meses por danos na casa causados pelo fogo. Contudo, o tribunal reconheceu que a acusada carecia de tratamento psiquiátrico depois de lhe ter sido diagnosticada uma depressão pós-parto e a síndrome de Borderline (transtorno de personalidade).
Kelly Oliveira, de nacionalidade brasileira, matou os próprios filhos no passado dia 19 de Dezembro depois de ter pegado fogo a um dos sofás e os ter fechado em casa. As crianças acabaram por morrer por asfixia.