Desfiliou-se do PCP mas nem uma palavra sobre o assunto. Carvalho da Silva, que durante anos foi a cara da CGTP, terá ‘feito as contas’ com o partido a que pertencia assim que abandonou as funções de secretário-geral daquela central sindical, em 2012. No entanto, preferiu manter em segredo esta decisão, cujos motivos que a terão precipitado continuam por desvendar, adianta o jornal i.
O seu cartão de militante foi devolvido ao partido, porém, questionado sobre esta decisão, Carvalho da Silva limita-se a comentar: “É um assunto para o qual não tenho resposta alguma”, cita o i.
E também o partido comunista alimenta o mistério acerca desta baixa de peso no núcleo duro dos seus militantes. Contacto pelo i, o gabinete de imprensa do PCP foi lacónico. “O pedido de esclarecimento sobre essa matéria deve ser dirigido ao próprio”.
A tensão que medeia as relações entre Carvalho da Silva e o seu (antigo) partido são antigas, mas certo é que ambas as partes preferem guardar silêncio absoluto sobre a cisão.
Saliente-se que o nome do ex-sindicalista se perfila como uma forte possibilidade à corrida a Belém, nas próximas eleições presidenciais.