Se o “Estado falhou”, “o chefe do Estado deve demitir-se imediatamente, renunciando ao cargo para que foi eleito”. O entendimento é de Alfredo Barroso que, numa publicação na sua página oficial de Facebook, defende que quando Marcelo Rebelo de Sousa diz que o “Estado falhou”, “esquece-se de que ele próprio é o chefe do Estado. Assim sendo - e estou a falar muito a sério - o chefe de um Estado que ‘falha’ constantemente já há muito que devia ter renunciado ao cargo para o qual foi eleito”.
Para o ex-secretário de Estado português, “um Presidente da República tem de ter consciência das responsabilidades políticas que lhe incumbe enquanto chefe do Estado”. Aliás, acrescenta ainda, “além de chefe do Estado, o Presidente da República também é o Comandante Supremo das Forças Armadas e, por isso mesmo, também devia assumir todas as suas responsabilidades políticas pelas ‘falhas’ verificadas nos paióis militares de Tancos, em vez de estar a empurrá-las constantemente com a barriga para cima do Governo e, concretamente, do ministro da Defesa”.
Marcelo Rebelo de Sousa, para o ex-deputado, “não pode estar sempre a ignorar as responsabilidades políticas inerentes, achando que está totalmente isento de toda e qualquer responsabilidade política. Ora, não está”. Por isso, reitera, “já devia ter renunciado ao cargo de Presidente da República, assumindo essas responsabilidades políticas, enquanto chefe de um Estado ‘falhado’ e enquanto Comandante Supremo de Forças Armadas incapaz de garantir a segurança de instalações militares, como no caso dos paióis de Tancos”.