Passo atrás para o Chega com assinaturas irregulares. Ventura critica lei

André Ventura admite a existência de assinaturas irregulares, mas critica a razão pela qual as mesmas não podem ser consideradas regulares. "É como se os elementos das forças de segurança fossem cidadãos de segunda", contesta.

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Patrícia Martins Carvalho
07/03/2019 19:28 ‧ 07/03/2019 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Palácio Ratton

O Chega está, desde o dia 23 de janeiro, à espera que o Tribunal Constitucional dê ‘luz verde’ à formalização do partido.

No entanto, o movimento que nasceu no seio do PSD sofreu agora um revés, pois os juízes do Palácio Ratton encontraram várias assinaturas irregulares – de menores e membros das forças de segurança - entre as cerca de oito mil que foram entregues, como avança esta quinta-feira o jornal Público.

Contactado pelo Notícias ao Minuto, André Ventura confirmou o sucedido, mas garantiu que todos os elementos do partido estão a trabalhar para resolver o problema.

Um problema, aliás, que o ex-vereador da Câmara de Loures considera ter uma origem inconstitucional.

“Acho inconstitucional que os elementos das forças de segurança e dos órgãos de polícia criminal estejam impedidos de subscrever a inscrição de um partido no registo próprio do Tribunal Constitucional. É como se fossem cidadãos de segunda”, referiu.

Apesar do revés, que pode complicar as ‘contas do campeonato’ chamado eleições europeias, André Ventura está confiante e garante que o “Chega vai estar mesmo no boletim de voto” do sufrágio dos eurodeputados para o Parlamento Europeu.

Com os elementos do partido no terreno a recolher novas assinaturas, Ventura assegura que “depois de esta questão estar sanada, só falta a análise dos estatutos para termos a ‘luz verde’ definitiva”.

Recorde-se que, caso o Palácio Ratton aprove o partido a tempo das eleições europeias, o Chega irá a votos coligado com o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), o Partido Popular Monárquico e o movimento Democracia 21.

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