A pouco mais de dois meses das eleições europeias, a situação complica-se para André Ventura. O Tribunal Constitucional ainda não deu ‘luz verde’ ao partido Chega e, esta quarta-feira, o Partido Popular Monárquico (PPM), reunido em Conselho Nacional, não aprovou o nome do professor de Direito para encabeçar a coligação.
O Notícias ao Minuto sabia, conforme avançou no final da semana passada, que caso falhasse a formalização do Chega, seria criada uma coligação entre o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) – que seria designada por Chega - e cujo candidato seria André Ventura.
Mas, esta quarta-feira, parece ter ‘azedado’ a relação entre os partidos. Confrontada com o chumbo do nome de Ventura – conforme atesta num comunicado interno a que o Notícias ao Minuto teve acesso - fonte oficial do PPM garante: “Não temos nada com esse senhor [André Ventura]”.
Mais, referiu ainda a mesma fonte, “não há qualquer coligação do PPM” com Ventura. No entanto, não está excluída, pelo menos para já, a possibilidade de o partido liderado por Gonçalo da Câmara Pereira se coligar com o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC).
Uma coisa é para já certa, ainda a aguardar uma resposta do Tribunal Constitucional, André Ventura volta a ficar por sua conta, sendo que um atraso do Palácio do Ratton pode comprometer a candidatura às eleições europeias, agendadas para 26 de maio.
Recorde-se que o Chega começou por ser um movimento dentro do PSD com vista à destituição do Rui Rio. Em rota de colisão com a estratégia política do líder social-democrata, André Ventura acabou por abandonar as fileiras 'laranjas' para formar o seu próprio partido com o objetivo de mudar o sistema político nacional que, considera, não serve os interesses dos portugueses.