Rui Rio comentou, esta sexta-feira à tarde, a solução do aeroporto do Montijo. "Aquilo que nós temos dito sobre o aeroporto de Lisboa - da solução Montijo - é que não entendemos a afirmação do primeiro-ministro que diz que não há Plano B para o Montijo", referiu o líder do PSD na antena da SIC Notícias.
"Ou seja, 'é preciso fazer um estudo de impacte ambiental, faça-se o estudo porque não interessa para nada porque nós vamos fazer o Montijo. Façam é depressa para nós começarmos [...] Há uma declaração de impacte ambiental que, seja qual for, eu vou fazer o Montijo'", ironizou Rui Rio sobre a posição do Governo.
"Aquilo que temos dito é que nós temos de resolver rapidamente a questão do aeroporto de Lisboa porque, efetivamente, está esgotado", continuou Rio, acrescentando que a solução do Montijo é "mais barata e mais rápida e é desejável que possa ser essa mas, no limite, se tiver grandes custos do ponto de vista ambiental ou grandes custos do ponto de vista financeiro para suprimir os custos ambientais, nós temos de pensar num Plano B".
Para o líder da oposição é "avisado" revisitar outras soluções. "O que eu não considero correto é dizer-se que independentemente do que seja o plano e a discussão nós fazemos este plano [Montijo] e acabou".
Quanto a propostas alternativas ao aeroporto do Montijo, Rui Rio afirma que o PSD refere a solução Alcochete no programa. "Eu não sou técnico da matéria nem o PSD tem um gabinete de estudos técnicos que permita dizer qual é a melhor solução se esta vier a ter demasiados entraves. Aquilo que todos nós desejamos é resolver rápido. O Montijo é o mais rápido e o mais barato mas é desejável que se respeite aquilo que serão as conclusões decorrentes do estudo de impacte ambiental e da discussão pública."
O projeto da construção de um aeroporto no local da Base Aérea N.º6, no Montijo, obrigou à elaboração de um EIA, que a ANA -- Aeroportos de Portugal solicitou à Profico Ambiente e que recebeu 'luz verde' da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para entrar em consulta pública em 27 de julho.
O EIA aponta diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído, o que se fará sentir, sobretudo, "nos recetores sensíveis localizados no concelho da Moita e Barreiro".