"Para salvar esta 'geração à rasca', temos de garantir que a formação acontece e tem qualidade, e que o mercado de trabalho consegue atrair jovens", afirmou Alexandre Poço, que falava, por videoconferência, na abertura da Universidade de Verão da JSD/Açores, que se realiza, durante a tarde de hoje, a partir de Santa Cruz da Graciosa, por transmissão 'online'.
Com "milhares de jovens a iniciar talvez o ano letivo mais especial das últimas décadas", o líder da Juventude Social-Democrata destacou o "desafio enorme" de "conseguir recuperar a aprendizagem de meio ano perdido" e pede um regresso às aulas com segurança, mas que não descure o ensino.
"É certo que as escolas, o Governo, toda a comunidade a nível nacional e regional procurou adaptar-se (...). Mas sabemos bem que, nomeadamente para aqueles alunos que têm maiores dificuldades de aprendizagem, para aqueles alunos que vivem em meios desfavorecidos, é importantíssimo que este ano letivo que agora começa seja feito em segurança (...), mas seja feito também com um foco especial em recuperar a aprendizagem", prosseguiu.
O regresso às aulas vai ser a "principal preocupação nas próximas semanas", e Alexandre Poço quer uma JSD "atenta, vigilante", e com "uma postura crítica construtiva", para "garantir que não há abandono escolar, que as pessoas confiam no sistema de educação, que os alunos conseguem progredir e não ficar retidos, ou que a aprendizagem acontece da melhor forma" e que as escolas têm funcionários suficientes e computadores para todos.
"Para o combate" que o partido vai assumir "contra o Partido Socialista", nas eleições de 25 de outubro, afirma o dirigente da JSD, o importante "é garantir que conseguimos ter mais oportunidades" para a nova geração.
O "desemprego jovem, que está a subir de forma galopante", é outra das grandes preocupações do líder, que quer "garantir que as pessoas conseguem terminar a sua formação, seja profissional, seja superior, seja após a conclusão do 12.º ano, e conseguem ter uma entrada no mercado de trabalho facilitada".
"Para isso, precisamos de apoiar e dar respostas a quem emprega. Não temos aquela visão socialista de que é só o estado que emprega, ou que é só para os amigos ou familiares, entendemos que é preciso que as empresas e o mercado de trabalho tenham condições para não despedir jovens", concretizou.