Rui Rio recorreu, na tarde deste sábado, ao Twitter para comentar mais um barómetro publicado na imprensa nacional. Em tom irónico, o líder do PSD escreveu que "em face do escândalo em torno da Ministra da Justiça, já era de prever que o PS subisse nas sondagens".
E prossegue: "Hoje, sob a direção de Almeida Ribeiro, o JN publica um fantástico barómetro que 'barómetra' 53% para Costa e 19% para Rio. Absolutamente esmagador!"
Anexada ao comentário, está uma notícia da Visão do mês de setembro do ano passado onde é possível ler que Almeida Ribeiro, antigo espião do SIS, secretário de Estado entre 2009 e 2011 e conselheiro de Vieira, lidera a Aximage, empresa de sondagens que dirigiu uma sondagem favorável ao atual presidente do Benfica.
De lembrar que o PSD pediu a audição urgente no Parlamento da ministra Francisca Van Dunem para esclarecer as notícias que referem que o Governo terá dado informações falsas para justificar a escolha de José Guerra como procurador europeu. O pedido foi entregue horas depois de o presidente Rui Rio ter apelado a esses esclarecimentos por parte do Governo numa publicação na rede social Twitter.
Em face do escândalo em torno da Ministra da Justiça, já era de prever que o PS subisse nas sondagens.Hoje, sob a direção de Almeida Ribeiro, o JN publica um fantástico barómetro que “barómetra” 53% para Costa e 19% para Rio. Absolutamente esmagador! https://t.co/8egoz75x8f
— Rui Rio (@RuiRioPSD) January 2, 2021
Recorde-se ainda que a SIC e o Expresso noticiaram, esta quarta-feira que, numa carta enviada para a União Europeia, o Executivo apresenta dados falsos sobre o magistrado preferido do Governo para Procurador Europeu, José Guerra, depois de um comité de peritos ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo.
Na carta, a que os dois órgãos tiveram acesso, José Guerra é identificado com a categoria de "procurador-geral-adjunto", que não tem, sendo apenas procurador, e como tendo tido uma participação "de liderança investigatória e acusatória" no processo UGT, o que também não é verdade, porque foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento, e não a acusação.
Em resposta ao Expresso, o Ministério da Justiça diz que "não se pronuncia sobre o documento", dada a "natureza reservada" do processo de seleção, sem confirmar ou desmentir o seu teor.