Francisco Rodrigues dos Santos está "absolutamente tranquilo" que a "moção de confiança passará" na reunião Conselho Nacional do CDS. O líder do partido diz-se ainda "disponível para aceitar o veredito dos militantes do partido por voto secreto, para que não haja a menor dúvida".
Em imagens da reunião transmitidas pela SIC, o líder do CDS atacou "aqueles que se vêm consternar com as notícias que são enviadas para a comunicação social", que "são os mesmos que, consecutivamente, reunião após reunião, colocam tudo lá fora".
Numa intervenção exaltada, Francisco Rodrigues dos Santos acrescentou: "Transparência, secretismo no voto, liberdade para os delegados, que exerçam em consciência aquilo que entenderem que é melhor. Estou cá para acatar as decisões dos militantes".
Depois de, durante esta semana, ter sido acusado por Adolfo Mesquita Nunes de estar "entrincheirado", o atual líder do CDS respondeu de forma paradigmática: "Não estou entrincheirado. Fui o eco dos militantes no Congresso. Estou cá, cá continuarei. Estou disponível para aceitar o veredito dos militantes do partido por voto secreto, para que não haja a menor dúvida".
Recorde-se que o presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, pôs à consideração dos membros a decisão sobre o modo como será votada a moção de confiança à comissão política nacional, apresentada pelo líder do partido.
Adolfo Mesquita Nunes, que propôs a realização de um congresso eletivo antecipado, não concordou com esta decisão e anunciou que iria abandonar a reunião.
O antigo dirigente defendeu que o Conselho Nacional deve acatar o parecer do Conselho Nacional de Jurisdição, emitido na sexta-feira, que estabelece que "a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto".
Considerando que a decisão de Anacoreta Correia é "ilegal, é cobarde", Mesquita Nunes frisou que não queria "participar num Conselho Nacional que viola os estatutos".
Cerca de 240 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde cerca das 12h10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.