"Penso que é importante que o Presidente da República esteja preocupado porque acho que estarão praticamente todos os portugueses preocupados com isso. A forma como o vai fazer poderei concordarei ou discordar", afirmou o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas no Porto.
O semanário Expresso noticiou hoje que o chefe de Estado espera do Governo "uma visão mais estrutural e estratégica e mostra querer manter uma vigilância apertada sobre todo o processo" de gestão dos fundos europeus e está a formar a sua equipa para o segundo mandato em função disso.
O social-democrata assinalou, contudo, que esta obrigação recai, sobretudo, no Governo, mas também na Assembleia da República, que tem de escrutinar a atuação do executivo.
"A preocupação [do PR] parece-me positiva e normal", insistiu.
Questionado à margem de uma reunião com o Movimento a Pão e Água, sobre se esta iniciativa pode ser vista como um sinal político de que este mandato vai ser diferente, Rio sublinhou que é preciso ter noção do que se pode pedir a Marcelo Rebelo de Sousa.
"Mas nós estamos num regime semipresidencial, não estamos num regime presidencialista e, portanto, todos nós queremos, penso eu, um Presidente da República mais interventivo, naquilo que são as balizas que se podem estabelecer ao Governo e as exigências, mas depois também não podemos pedir a um Presidente da República de um regime semipresidencial que se comporte como se estivesse num regime presidencial", advertiu.