"O primeiro objetivo é mantermos as câmaras municipais onde somos poder. O segundo objetivo é podermos construir projetos credíveis, com pessoas de confiança, para podermos ter a ambição de sair vencedores", declarou Paulo Cafôfo, sublinhando que o PS é "um partido de poder".
O líder socialista madeirense falava no âmbito da reunião da Comissão Política Regional do partido, que decorreu no Funchal.
"Uma vitória do PS significa dar uma oportunidade às pessoas de terem outro tipo de governação, outro tipo de políticas e outro tipo de vida, porque nos concelhos onde nós governamos as pessoas vivem melhor", disse.
O PS lidera os municípios de Machico (zona leste da Madeira), Ponta do Sol (zona oeste), Porto Moniz (costa norte) e também Funchal, em coligação com BE, PDR, Nós, Cidadãos!, MPT e PAN.
Os atuais presidentes destas câmaras vão encabeçar as listas do PS nas próximas eleições autárquicas - Ricardo Franco (Machico), Célia Pessegueiro (Ponta do Sol), Emanuel Câmara (Porto Moniz) e o independente Miguel Gouveia (Funchal).
Os socialistas já indicaram também os candidatos Sofia Canha (Calheta), Jacinto Serrão (Câmara de Lobos), Helena Freitas (São Vicente), Mafalda Gonçalves (Santa Cruz), Olga Fernandes (Ribeira Brava) e Miguel Brito (Porto Santo).
"Temos já dez candidatos e cinco são mulheres", sublinhou Paulo Cafôfo, reforçando que se trata também de "um sinal de que o PS, como partido progressista, acompanha a evolução da sociedade e está à frente nas questões da igualdade."
O líder do PS/Madeira disse, por outro lado, que o partido vai concorrer coligado apenas no concelho do Funchal, mantendo os atuais partidos que compõem a coligação Confiança, mas com a possibilidade de integrar ainda mais forças.
"Não temos pressa. Temos é de ter projetos bem idealizados, com respostas necessárias aos anseios da população e com pessoas com credibilidade para defenderem os ideais do Partido Socialista", declarou.
Paulo Cafôfo criticou a postura do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, em relação às autarquias, salientando ser "muito importante para a saúde da democracia" manter na região autónoma um equilíbrio de forças políticas.
"As câmaras municipais não podem ser direções regionais ou repartições do Governo Regional", alertou.
Por lei, as eleições autárquicas têm de ser marcadas entre 22 de setembro e 14 de outubro.
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