Costa diz que tem de se reinventar a campanha que será "muito difícil"
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou este domingo que tem de se reinventar a campanha para as eleições autárquicas, marcadas para 26 de setembro, considerando que será "muito difícil" dadas as limitações causadas pela covid-19.
© Lusa
Política Autárquicas
"Hoje estamos a dois meses do dia de reflexão. Temos dois meses pela frente para fazer uma campanha muito difícil, porque hoje é mais difícil comunicar de máscara, hoje é mais difícil contactar os eleitores mantendo o distanciamento físico, mas a verdade é que temos, também, de reinventar a nossa campanha como tivemos de reinventar a nossa forma de viver ao longo deste ano e meio", disse António Costa, também primeiro-ministro.
Para António Costa, "essa é a condição" para se conseguir alcançar o objetivo de vencer a pandemia, a crise económica e o desemprego e relançar o país "bem mais rápido e mais além no objetivo de convergência com os países mais desenvolvidos da União Europeia".
O líder do PS discursava na sessão na apresentação da candidatura socialista aos órgãos autárquicos do concelho de Leiria.
Antes, o dirigente socialista referiu-se ao 'slogan' da candidatura de Gonçalo Lopes a presidente da Câmara de Leiria.
"Creio que este 'slogan' escolhido pelo Gonçalo Lopes 'Paixão por Leiria, rigor e futuro' sintetizam bem aquilo que devem ser as marcas da governação municipal do Partido Socialista", declarou, para acrescentar: "Paixão pela nossa terra e pelas nossas populações, rigor na gestão e olhar sempre para o futuro".
No seu discurso, António Costa falou ainda nos "momentos absolutamente excecionais" vividos no último ano e meio devido à pandemia de covid-19 e às prioridades decorrentes desta.
Destacando que "as autarquias foram nesta crise uma resposta fundamental pela sua proximidade, pela sua capacidade de agregar e coordenar vontades, e mobilizar recursos", António Costa salientou que "também vão ser essenciais agora, nesta saída da crise, porque ninguém melhor do que as autarquias vão poder agregar e mobilizar os centros de produção de conhecimento e as empresas".
"E esta região será, seguramente, uma região modelo", antecipou o socialista, justificando que "dispõe há muito de uma instituição de ensino superior", o Politécnico de Leiria, que "foi das primeiras a abrir-se ao mundo empresarial".
Por outro lado, a região de Leiria, "do setor da agricultura à indústria e aos serviços, tem sabido modernizar e superar as crises mais difíceis que tem enfrentado", sublinhou o secretário-geral do PS, exemplificando com "a crise do vidro", na Marinha Grande, que "hoje é um sucesso sempre na ponta da produção dos moldes e também nas novas tecnologias".
"É assim em todo o sul do distrito, com a agricultura, é assim no litoral, com a excelência do turismo surfando a onda do canhão da Nazaré, e não só. É assim no norte do distrito onde tem também força a atividade industrial e também a atividade agrícola e florestal", adiantou.
Para António Costa, "este é um distrito de excelência que tem tudo para continuar a ser um dos grandes motores do crescimento económico" do país, considerando que a capital, Leiria, "é, necessariamente, a força agregadora de toda esta região", pelo que tem "de ter à frente do município quem tenha esta ambição de futuro, para com rigor e com paixão levar Leiria para a frente" e ajudar a modernizar a região e o país.
Antes, na Figueira da Foz, na apresentação da candidatura do atual presidente da Câmara, Carlos Monteiro, António Costa voltou a repetir várias das ideias que já tinha plasmado em Coimbra, sobre a resposta do Governo à crise económica provocada pela pandemia.
No entanto, o líder do PS apontou também para algumas propostas que irão beneficiar o distrito, nomeadamente a modernização da linha ferroviária entre Figueira da Foz e Caldas da Rainha, a linha da Beira Alta e o investimento no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e no Porto da Figueira da Foz.
António Costa realçou ainda a oportunidade que o Plano de Recuperação e Resiliência representa para a reforma da floresta, que vai "valorizar esses bens e ativos", por forma a não continuarem a ser "uma ameaça à segurança das populações".
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