"Eu creio que é por aí que se mede a força dos partidos: não é nem em sondagens, nem em publicações de jornais, nem em entrevistas na televisão, é medindo voto a voto nas urnas o peso de cada partido", declarou Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.
O presidente do CDS-PP falava após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que iniciou na segunda-feira uma ronda de audiências aos partidos com representação parlamentar.
"Estamos a trabalhar para que nas próximas eleições autárquicas o CDS tenha mais autarcas eleitos do que teve em 2017, e creio que essa é a melhor resposta que eu posso dar a todos aqueles que acham que o CDS não está a atingir os objetivos a que se devia propor", considerou.
Francisco Rodrigues dos Santos tinha sido questionado sobre a entrevista que a sua antecessora na liderança do CDS-PP, Assunção Cristas, deu na semana passada à RTP3, em que se manifestou triste por "ver o CDS nas notícias sempre pelas más razões e a não ser ouvido nas suas propostas, nas suas alternativas e naquilo que tem para dizer ao país".
"Eu respeito a opinião da professora Assunção Cristas na qualidade de ex-presidente do partido. Quem tem apreciado a minha atitude enquanto líder do CDS percebe claramente qual é que é o meu foco. Eu tenho procurado falar para o país, apresentando os protagonistas do CDS, as nossas soluções, e procurar diferenciar-nos do centro e de uma direita na qual o CDS classicamente nunca se reviu", começou por responder.
O ex-presidente da Juventude Centrista referiu que tem estado "no terreno", sem gozar férias, "junto de todos candidatos autárquicos do CDS em listas próprias ou de coligação, para os apoiar", e que tem apelado "à união de todos" no partido.
"Eu creio que a liderança só tem uma maneira de influenciar os outros, que é através do seu exemplo. E eu procuro através da minha liderança no CDS mostrar a todos os militantes e simpatizantes que o único caminho que temos pela frente é arregaçar as mangas e trabalhar para dar ao CDS um grande resultado nas próximas eleições autárquicas", acrescentou.
Segundo Rodrigues dos Santos, os democratas-cristãos têm de "continuar a afirmar a sua alternativa política" e isso faz-se "também renovando os seus protagonistas políticos, dando espaço a uma nova vaga de portugueses que estão no CDS agora a emergir e que querem ser os novos rostos de uma política que se move pelos valores de uma direita certa".
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