Após a 22.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, no Infarmed, na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Governo está a preparar os próximos passos no processo de abertura do país, procurando obter o máximo possível de informação científica sobre a evolução da pandemia de covid-19 antes de decidir.
"Preparamos os próximos passos procurando o máximo de informação possível para o processo de tomada de decisão", escreveu na rede social Twitter.
Já a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou no final da reunião no Infarmed: "Tem sido fundamental conseguir mais vacinas para prepararmos agora este próximo Conselho de Ministros com uma situação de alguma esperança relativamente a uma situação que ainda vivemos de pandemia, mas na qual podemos perspetivar a forma como o regresso às nossas vidas se torna cada vez mais próximo".
Os peritos consultados pelo Governo sugeriram na reunião a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação e insistiram na importância do controlo de fronteiras e da ventilação dos espaços para evitar recuos no Outono/Inverno.
Na reunião foi revelado que a incidência de novos casos de covid-19 em Portugal regista uma tendência "ligeiramente crescente a estável", com a velocidade de aumento "a diminuir", segundo adiantou o diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo a intervenção de André Peralta Santos, já se nota uma estabilização no número de novos casos, apesar de existir ainda uma "tendência crescente dos internamentos e mortalidade" por covid-19.
Na reunião em que destacou que a variante Delta representa 98,6% dos casos em Portugal, a investigadora Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa, propôs a atualização do limiar de incidência na avaliação de risco da covid-19 para 480 casos por 100 mil habitantes (atualmente é de 240 por 100 mil), assim como a definição de um limite de ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) de 255 camas.
A questão da vacinação dos jovens abaixo dos 18 anos será abordada pelo Conselho de Ministros, segundo revelou a ministra da Saúde, igualmente após a reunião no Infarmed, considerando que a matéria está clarificada, apesar de ainda não ser conhecida a posição final da Direção-Geral da Saúde.
"No tema da vacinação na idade pediátrica está já clarificada a decisão de vacinação 18 aos 16 anos, e está já clarificada também a vacinação dos 12 aos 15 em casos de comorbilidades, que nos vão agora ser listadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)", disse Marta Temido.
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