Paulo Portas considerou, no seu espaço de comentário semanal no Jornal de domingo da TVI, que o vice-almirante Gouveia e Melo será mesmo Chefe de Estado Maior da Armada, em substituição do almirante António Mendes Calado.
“Se tudo acalmar, o vice-almirante Gouveia e Melo será Chefe de Estado Maior da Armada”, defendeu o antigo ministro da Defesa, acrescentando que esta é uma nomeação “não controversa” e o que aconteceu, “certamente”, foi uma falha de comunicação.
O que não se sabe, salientou Paulo Portas, foi se a falha de comunicação foi entre “o ministro da Defesa e o primeiro-ministro, ou entre o primeiro-ministro e o Presidente da República”.
O centrista disse acreditar que, a ser nomeado, Gouveia e Melo “será um bom Chefe de Estado Maior da Armada”, porque “é um militar que ganhou imenso respeito por parte dos portugueses”.
Antes de terminar o seu comentário ao tema, Paulo Portas revelou que o Presidente foi “apanhado de surpresa para aceleração do processo” e não pelo mesmo, visto que, já era expectável que exoneração, seguida da nomeação, só acontecesse em março de 2022.
“O Presidente da República é o Comandante Supremo das Forças Armadas. Tinha de proteger as suas atribuições e este Presidente da República nunca aceitará uma redução de uma única competência”, concluiu.
Recorde-se que, já no passado fim de semana, Paulo Portas tinha avançado que "não estranharia" que Gouveia e Melo viesse a ser Chefe Maior da Armada.
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