Rangel quer eleições em fevereiro. Poiares Maduro será seu coordenador

Candidato à presidência do PSD defende a marcação das eleições legislativas para o final de fevereiro.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Tomásia Sousa
28/10/2021 16:59 ‧ 28/10/2021 por Tomásia Sousa

Política

PSD

O ex-ministro Miguel Poiares Maduro aceitou ser o coordenador das bases do programa eleitoral de Paulo Rangel, enquanto Fernando Alexandre ficará responsável pela área económica do programa eleitoral, anunciou na tarde desta quinta-feira o candidato à liderança do PSD, que defende que as legislativas aconteçam no final de fevereiro.

Numa conferência de imprensa na sequência do 'chumbo' do Orçamento do Estado para 2022, Rangel defendeu a marcação das eleições para 20 ou 27 de fevereiro.

"Na nossa opinião, o final de fevereiro será um prazo racional, razoável e rápido", argumentou, defendendo que esse prazo permitirá "a preparação cuidada das listas de deputados" e minimizar os riscos de pandemia durante o período de campanha.

O eurodeputado concorda com a iniciativa de antecipar o 39º Congresso Nacional do PSD para os dias 17, 18 e 19 de dezembro, em vez de entre 14 e 16 de janeiro, como estava previsto.

"Dou todo o meu apoio à iniciativa de mais de 60 conselheiros nacionais", assegurou, referindo-se ao requerimento hoje entregue na sede nacional do PSD.

Para Paulo Rangel, "trata-se de uma antecipação perfeitamente possível e normal", que "serve, de modo idêntico, as duas candidaturas".

O candidato à liderança do PSD reiterou ainda que a crise política "se deu por responsabilidade exclusiva de António Costa" e defendeu que o voto no PS "será um voto inútil", porque não se pode aliar à esquerda e porque, se for líder, recusará qualquer Bloco Central.

 Para mim, enquanto candidato a líder do PSD, está fora de questão dar a mão ao PS e a António Costa e fazer renascer um Bloco Central de partidos e interesses."

Para o eurodeputado, "o voto no PS e António Costa é inútil à esquerda, porque já não há entendimento possível com o Bloco e o PCP".

"Inútil à direita, porque recusaremos sempre uma solução pouco democrática e coxa de Bloco Central", afirmou, classificando-a também como "perniciosa".

"Verbero a forma como [Rui Rio] tratou o Presidente da República"

Questionado mais uma vez sobre o facto de ter sido recebido por Marcelo Rebelo de Sousa na terça-feira, enquanto decorria a discussão da proposta de Orçamento na generalidade - que veio a ser chumbada - Rangel desvalorizou as críticas e justifica que o encontro serviu para apresentar os motivos da sua candidatura à presidência do PSD.

"O Sr. Presidente da República escolheu o dia que escolheu", apontou. "Não vejo nele nenhum simbolismo político nisso. Pelo contrário, se ele ocorresse depois de já ter acontecido uma crise política, talvez tivesse um significado muito maior."

Sobre as críticas que o encontro gerou, Paulo Rangel apontou o dedo ao adversário nas diretas: "Verbero a forma como tratou o Presidente da República. Não acho que seja própria de um candidato a primeiro-ministro."

Para o candidato, tanto o líder de um partido como o candidato "deve sempre manter um respeito institucional pelo Presidente da República".

Reveja aqui a conferência de imprensa na íntegra.

[Notícia atualizada às 17h31]

Leia Também: Rangel prefere PSD sozinho a eleições e recusa solução de bloco central

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