"Os resultados eleitorais que conferem ao seu partido a maioria absoluta expressam a renovação da confiança que o povo português deposita em vossa excelência e no Partido Socialista, a quem é conferido um claro mandato para conduzir Portugal em estabilidade nos próximos anos e prosseguir as políticas que vão ao encontro dos grandes anseios da vossa nação e dos portugueses", disse João Lourenço na mensagem.
O chefe de Estado angolano manifestou o interesse de Angola em desenvolver e intensificar as relações de cooperação "bastante profícuas" que os dois povos, países e Governos mantêm entre si.
João Lourenço desejou ainda a António Costa "os melhores votos de muitos sucessos" no desempenho das funções de liderança do Governo de Portugal.
Por sua vez, a vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião, endereçou, em nome do partido no poder, felicitações "pela retumbante vitória" do Partido Socialista nestas eleições.
"A vossa vitória resulta do trabalho árduo de mobilização e representa o renovar da confiança do povo português na liderança do Partido Socialista, com vista a encontrar as soluções adequadas rumo ao desenvolvimento e progresso social", destaca-se na mensagem.
A vice-presidente do MPLA assegura a disponibilidade do partido "de continuar a trabalhar para o reforço das relações de amizade, de solidariedade e de cooperação com o Partido Socialista".
O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.
Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.
O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.
A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.
A abstenção desceu para os 42,04% depois nas legislativas de 2019 ter alcançado os 51,4%.
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