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Da "vitrina" ao "disco que vai tocar". Partidos reagem ao novo Governo

Da Direita à Esquerda, houve quem criticasse a "continuidade", quem pretendesse ver o Mar a depender da tutela do Ambiente e quem queira... esperar para ver.

Da "vitrina" ao "disco que vai tocar". Partidos reagem ao novo Governo
Notícias ao Minuto

16:24 - 24/03/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Novo Governo

O (novo) elenco governativo que liderará o país - com maioria absoluta - foi ontem conhecido e as reações dos partidos não se fizeram esperar. Da Direita à Esquerda, houve quem criticasse a "continuidade", quem pretendesse ver o Mar a depender da tutela do Ambiente e quem queira... esperar para ver.

Ainda esta quarta-feira, o Iniciativa Liberal (IL) recorreu ao Twitter para comentar que se trata de "um Governo grande demais e de continuidade".

Nas redes sociais, o IL salientou que o novo Governo é "uma vitrina dos putativos sucessores de Costa, uma rota de saída para a Europa", acrescentando que fazem parte deste "muitos ministros fragilizados e a insistência no desrespeito pelo contribuinte".

PCP. "Não parece um bom indicador"

Também numa reação aos nomes que vão integrar o novo Governo de António Costa, Paula Santos, líder parlamentar do PCP, fez uma declaração, esta quinta-feira, a partir da Assembleia da República, onde considerou que, "independentemente da apreciação que possa ser feita em relação a cada um dos membros", o que "é mais relevante é saber que política é que será executada". 

Outro dos pontos abordados foi a necessidade de assegurar o direito ao Serviço Nacional de Saúde e à Habitação, destacando que há membros "que irão integrar o futuro Governo que já tiveram responsabilidades políticas no passado e que não deram a resposta", o que, diz "não parece um bom indicador"

Livre. "Mar só faz sentido no Ministério do Ambiente"

Igualmente em declarações aos jornalistas no Parlamento, Rui Tavares, do Livre, pronunciou-se sobre a orgânica do XXIII Governo Constitucional, conhecida na quarta-feira, dizendo que as pessoas irão "provar aquilo de que são capazes em funções".

"Parece-nos ser um erro na orgânica deste Governo o Mar estar no Ministério da Economia, o Mar deveria estar no Ambiente, é isso que faz sentido do ponto de vista de uma política de combate às alterações climáticas", defendeu. Para Rui Tavares, a tutela do Mar "só faz sentido no Ministério do Ambiente".

BE. "Aguardamos para ver qual o disco que vai tocar"

Por sua vez, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda defendeu que a qualidade de um Governo se mede pela sua prática e disse esperar para ver qual a música que coletivamente os membros do futuro executivo vão dançar. "Mais que a dança individual, importa a música que coletivamente irão dançar quando estiverem em funções. Aguardamos para ver qual o disco que vai tocar", respondeu.

No que respeita ao perfil dos membros do futuro Governo, Pedro Filipe Soares considerou que mais do que discutir nomes de pessoas se deverá discutir "conteúdos das políticas levadas a cabo". "Como diz o nosso povo, para sabermos a qualidade de um melão temos de o abrir", sustentou.

Chega. "Não é um Governo, é uma junta de boys e girls"

Pelo Chega, foi André Ventura quem, no Facebook, comentou, esta quinta-feira, os nomes apresentados para o novo Executivo. "O Governo de António Costa é o Executivo de mais boys partidários de que há memória em Portugal. O segundo maior de sempre na nossa História!", começou por escrever. 

Para o líder do partido, este Executivo "não é um Governo", mas sim "uma junta socialista de boys e girls com o cartão cor de rosa!"

Quem é quem no novo Executivo? 

Este Governo "terá 17 ministros e 38 secretários de Estado (menos 20% de governantes do que no Executivo precedente)", indicou, esta quarta-feira, um comunicado do Gabinete do primeiro-ministro, António Costa, enviado às redações.

  • Ministério da Presidência – Mariana Vieira da Silva
  • Ministério dos Negócios Estrangeiros – João Gomes Cravinho
  • Ministério da Defesa Nacional – Helena Carreiras
  • Ministério da Administração Interna – José Luís Carneiro
  • Ministério da Justiça – Catarina Sarmento e Castro
  • Ministério das Finanças – Fernando Medina
  • Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares – Ana Catarina Mendes
  • Ministério da Economia e do Mar – António Costa e Silva
  • Ministério da Cultura – Pedro Adão e Silva
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Elvira Fortunato
  • Ministério da Educação – João Costa
  • Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Ana Mendes Godinho
  • Ministério da Saúde – Marta Temido
  • Ministério do Ambiente e Ação Climática – Duarte Cordeiro
  • Ministério das Infraestruturas e Habitação – Pedro Nuno Santos
  • Ministério da Coesão Territorial – Ana Abrunhosa
  • Ministério da Agricultura e da Alimentação – Maria do Céu Antunes

A tomada de posse dos novos ministros deverá acontecer na próxima semana, na tarde de dia 30 de março, conforme já tinha adiantado Marcelo Rebelo de Sousa.

Quem saiu, quem ficou e quem 'mexeu'

Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta. Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.

novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa), no Ambiente (Duarte Cordeiro) e na Cultura (Pedro Adão e Silva). 

Continuam no Executivo, e nas mesmas pastas, seis ministros: Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).

Abandonam o Governo 11 ministros: Alexandra Leitão, Graça Fonseca, Francisca Van Dunem, João Leão, Augusto Santos Silva, Pedro Siza Vieira, Nelson de Souza, Matos Fernandes, Manuel Heitor, Tiago Brandão Rodrigues e Ricardo Serrão Santos.

Leia Também: Entradas, saídas e mexidas. Quem é quem no novo Governo de António Costa?

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