"No BE há uma grande consciência por parte de todos os aderentes, não só por parte da direção, de que é fundamental a independência do partido. O BE não tem dívida. O BE não pede favores, não está preso a nenhum poder. E, por isso mesmo, tem de trabalhar com as condições financeiras que tem em cada momento. E tem de ter sempre contas certas e contas transparentes", declarou Catarina Martins numa entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença.
A líder bloquista, que confirmou que o Bloco tem atualmente "metade dos funcionários que existiam", sem quantificar, em consequência da diminuição da subvenção estatal resultante do facto de ter perdido representação parlamentar, passando de 19 para 5 deputados à Assembleia da República.
Catarina Martins salientou, na entrevista, que "a Entidade das Contas, ano após ano, vem reconhecendo o BE como o partido com as contas mais certas e mais transparentes".
"Essa autonomia do nosso funcionamento é assim mesmo. Há um resultado eleitoral pior, o BE tem menos recursos financeiros e, portanto, reduz a sua estrutura porque não vai trabalhar em dívida. É difícil, sim. Mas estamos todos de acordo que esse é o caminho", acrescentou.
Questionada se tal não é contraditório com aquilo que o partido defende no parlamento, Catarina Martins respondeu que "o BE, aliás, tem defendido que quem tem lucros não pode despedir".
"Como infelizmente sabe, não é o caso do BE", rematou.
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