O presidente do Partido Social (PSD) considerou, esta quarta-feira, que o novo 'cheque' anunciado pelo Governo - e que será destinado às famílias mais carenciadas - "vem demasiado tarde".
“Parece que o dr. António Costa está a recuar e a vir ao encontro do plano estratégico do PSD. Quando o dr. António Costa se inspira nas ideias do PSD, ele faz algumas coisas bem feitas", disse Luís Montenegro no âmbito do programa 'Sentir Portugal em...', no qual marca hoje presença em Proença-a-Nova, de acordo com uma nota publicado no site do partido.
O líder social-democrata referia-se à ideia de criar um programa de emergência social, que, segundo lembra na nota, o PSD tem vindo a defender desde abril, nomeadamente para casos de "famílias e empresas mais atingidas pelo aumento dos bens fundamentais: na alimentação, nos combustíveis e na eletricidade”.
"Quero saudar que o dr. António Costa dê razão ao que o PSD disse há meio ano. (…)", reforçou, criticando ainda o primeiro-ministro, e dizendo que este se "equivocou quando achou que a inflação era passageira". "Não só e não é passageira, como está a tardar em baixar para um nível que permita às pessoas recuperar poder de compra”, aponta.
O responsável partidário acrescenta que os apoios para as famílias "excluem a classe média", e deixa a sugestão para os "mecanismo de apoio" abrangerem não só as mais vulneráveis, como todas as famílias - "razão pela qual o PSD propôs a 'redução do 3.º, 4.º e 5.º escalões do IRS'", remata, deixando o alerta de que o Partido Socialista "ainda vai a tempo" para dar 'luz verde' a uma medida para neste âmbito.
O Governo vai pagar um apoio extraordinário no valor de 240 euros às famílias mais vulneráveis, já a partir do próximo dia 23 de dezembro. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, em declarações à Visão e deverá abranger um milhão de famílias.
O pagamento deste apoio será realizado pela Segurança Social numa prestação única e abrange os mesmos beneficiários que receberam, já este ano, o apoio de 60 euros - ou seja, as famílias abrangidas pela tarifa especial de eletricidade ou que recebem prestações mínimas. A medida será aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros.
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