Polémica TAP. "O primeiro-ministro não tem nada a dizer ao país?"

Líder parlamentar bloquista teceu duras críticas à forma como o executivo socialista tem lidado com toda a situação da saída de Alexandra Reis da TAP.

Notícia

© Global Imagens

Ema Gil Pires
31/12/2022 09:30 ‧ 31/12/2022 por Ema Gil Pires

Política

Bloco de Esquerda

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, questionou o primeiro-ministro, António Costa, sobre se "não tem nada a dizer ao país", na sequência das demissões dos governantes Alexandra Reis e Pedro Nuno Santos, após a mais recente polémica em torno da TAP.

Na sua argumentação, veiculada através de uma publicação na rede social Twitter, o bloquista destacou primeiramente que o ministro das Finanças, Fernando Medina, "estudou o CV de Alexandra Reis, mas não se lembrou de questionar porque razão saiu da TAP". Posto isto, questionou: "Não teve sequer um bocadinho de curiosidade?"

Toda a situação levou ainda Pedro Filipe Soares a criticar a forma como o chefe do executivo socialista tem vindo a lidar publicamente com a questão. "E António Costa? Está a acabar uma semana em que foi demitida uma secretária de Estado e caiu um Ministério inteiro. O PM [primeiro-ministro] não tem nada a dizer ao país?", perguntou ainda.

De recordar que, em apenas dois dias, registaram-se três novas demissões no Governo de António Costa, perfazendo-se já um total de 11 desde o início da atual legislatura, em janeiro deste ano. 

A primeira foi a de Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro, na sequência da polémica indeminização, inicialmente reportada pelo Correio da Manhã, de 500 mil euros que recebeu da TAP após ter sido dispensada do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, por iniciativa da empresa. A governante não chegou a estar mais de um mês no cargo que agora abandona.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, viria depois, na noite de quarta-feira, a "assumir a responsabilidade política" por este polémico caso, apresentando a sua demissão, que foi imediatamente aceite por António Costa. Hugo Santos Mendes, secretário de Estado das Infraestruturas, seguiu o exemplo do responsável máximo do Ministério.

O caso, e consequentes demissões, têm motivado críticas por parte de todos os partidos com assento parlamentar - com a Iniciativa Liberal, inclusive, a ter apresentado uma moção de censura ao Governo socialista.

Leia Também: "A minha mulher, no momento em que o acordo é feito, não estava na TAP"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas