Rangel e Melo bebem da mesma garrafa mas guardam brindes para depois
Os candidatos da coligação PSD/CDS-PP Paulo Rangel e Nuno Melo beberam hoje da mesma garrafa, mas recusaram para já brindar, abastecendo-se nas caves da Murganheira para o dia da saída da 'troika' e para o dia das eleições europeias.
© Global Imagens
Política PSD
Uma chuva de espumante atingiu a comitiva da campanha da coligação Aliança Portugal e os jornalistas quando o proprietário das caves Murganheira deu o pequeno toque final na garrafa de espumante que a fez jorrar.
Nuno Melo foi o primeiro a beber, diretamente pela garrafa, passando a Paulo Rangel: "Se não tiveres nojo". Rangel não teve e bebeu, mas ambos recusaram brindar naquela altura, tendo acabado por efetuar um brinde que o cabeça de lista disse ser apenas por cortesia.
"Nós para já não brindamos, bebemos", disse o candidato centrista, número quatro da lista PSD/CDS-PP e Rangel corroborou.
A explicação viria no final de uma visita que demorou o tempo de os candidatos ficarem a par detalhadamente do processo que faz um Murganheira. Para trás ficaram duas visitas que demoraram cerca de dez minutos, primeiro aos Bombeiros Voluntários de Tarouca, depois à Santa Casa da Misericórdia, onde Melo e Rangel declinaram por falta de tempo o convite para um lanche preparado para a ocasião.
"Eu escolhi uma garrafa Czar da Murganheira para contrastar com o doutor Francisco Assis, que disse que não festejará a saída da 'troika'. Escolhi uma garrafa triplamente medalhada em homenagem ao nosso país, em homenagem aos portugueses, em homenagem às nossas empresas, aos portugueses, aos trabalhadores, que foram os principais obreiros do sucesso que Portugal vai tendo", declarou Nuno Melo.
O cabeça de lista do PS, Francisco Assis, visitou hoje as caves Raposeira, na mesma região.
"Festejarei com esta garrafa mais do que o anúncio da saída limpa feito há dias pelo primeiro-ministro no próximo dia 17 a efetivação dessa saída", frisou.
Já Paulo Rangel disse levar uma garrafa para festejar no dia 25 de maio, dia das eleições, aquele que disse esperar ser "a vitória da Aliança Portugal".
"Significa, no fundo, que os portugueses compreenderam a importância deste momento, o trabalho que eles próprios fizeram, os sacrifícios, as exigências, ao longo destes três anos, para que nós tivéssemos uma situação melhor. Acredito que eles depositarão confiança naquilo que nós em Bruxelas podemos fazer pelos portugueses", declarou.
Antes, na escolha das garrafas a levar, Nuno Melo não teve dúvidas, era um Czar "triplamente medalhado" que iria levar, mas Paulo Rangel tinha feito uma escolha mais modesta que sofreu um 'upgrade'.
"Tinha escolhido uma reserva bruto normal, que é o mais normal, que é aquele que eu estou habituado, mas entretanto insistiram muito para que eu levasse uma especialidade da casa, que é o 'vintage'", explicou à Lusa.
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