Chega chama PSP. "Os queixinhas querem uma milícia privada?"
Francisco Louçã ironizou que "talvez fosse melhor que cada eleito do Chega tivesse sempre ao seu lado um membro da sua milícia privada para interromper a sessão e identificar qualquer meliante que se atreva a criticar o partido e o seu amado líder".
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Política Francisco Louçã
"Os queixinhas querem uma milícia privada?" Este é o título de uma publicação escrita, esta quarta-feira, no Facebook, por Francisco Louçã, comentador e ex-dirigente do Bloco de Esquerda, sobre a chamada da Polícia de Segurança Pública (PSP) à Assembleia Municipal de Lisboa (AML) - feita por um deputado do Chega.
"Se pensaram que era insólito o facto de Ventura tentar levar a tribunal Catarina Martins por ter lembrado que ele foi condenado, recondenado e rerecondenado por insultos racistas, vejam agora como continua a história", começa por escrever Louçã na mensagem, acrescentando: "Depois desta tentativa canhestra de protegerem o seu discurso com o amparo do tribunal, agora a malta do Chega chama a PSP".
Em seguida, o comentador conta o sucedido. "Foi na Assembleia Municipal de Lisboa, um deputado classificou as declarações do homem do Chega com racistas e ele chamou a PSP. Era um "distúrbio". A sessão foi interrompida e os senhores agentes entraram na sala, escoltaram o ofendido e tomaram conta da ocorrência. Dizem os jornais que é a segunda vez."
"Melhor mesmo prender e deitar num calabouço esses atrevidos que não concordem com o Chega, pois só podem ser raça de má catadura", ironiza
Neste seguimento, Francisco Louçã considera que "talvez fosse melhor que cada eleito do Chega tivesse sempre ao seu lado um membro da sua milícia privada para interromper a sessão e identificar qualquer meliante que se atreva a criticar o partido e o seu amado líder".
"Isso é que era uma boa sociedade", ironiza ainda. "Já existiram coisas dessas, aliás era melhor mesmo prender e deitar num calabouço esses atrevidos que não concordem com o Chega, pois só podem ser raça de má catadura, talvez até ciganos".
Em conclusão, o ex-dirigente bloquista assevera: "O queixinhismo é uma política que se quer impor em Portugal e aí está ela".
De recordar que na passada terça-feira, dia 14 de fevereiro, o deputado do Chega na Assembleia Municipal de Lisboa Bruno Mascarenhas chamou a polícia à reunião deste órgão e apresentou queixa contra o independente eleito pela coligação PS/Livre Miguel Graça, que o acusou de racismo e xenofobia.
Mais tarde, nesse mesmo dia, a PSP confirmou uma "situação de injúrias entre deputados municipais" em Lisboa e revelou ter sido "determinada a instauração de um inquérito" para oferecer um "cabal esclarecimento das circunstâncias da atuação".
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