O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha (IL), considerou, esta segunda-feira, que o ministro das Finanças não terá condições de se manter no Governo, caso se venha a confirmar que fez parte de um alegado esquema de corrupção quando era autarca de Lisboa - suspeitas que podem levar a que Fernando Medina seja constituído arguido neste caso.
"Medina não tinha condições para entrar no Governo após o escândalo dos ativistas russos", referiu, lembrando quando, em junho, a Câmara Municipal de Lisboa cometeu um "erro lamentável" ao partilhar os dados de três ativistas russos com a embaixada do país em Portugal, cidadãos estes que organizaram uma manifestação pró-Nalvany [opositor ao Kremlin] em janeiro do ano passado.
"Ficou ainda mais fragilizado com os casos Sérgio Figueiredo e TAP/Alexandra Reis", continuou o liberal, referindo-se à polémica contratação da ex-administradora da TAP, que saiu com um indemnização de 500 mil euros, e assumiu o cargo de secretária de Estado do Tesouro - tendo depois saído do Executivo.
"E não pode continuar no Governo a confirmar-se o que é revelado pela TVI", lançou o líder da IL.
Medina não tinha condições para entrar no governo após o escândalo dos ativistas russos.
— Rui Rocha (@ruirochaliberal) February 20, 2023
Ficou ainda mais fragilizado com os casos Sérgio Figueiredo e TAP/Alexandra Reis.
E não pode continuar no governo a confirmar-se o que é revelado pela TVI.
Em causa está uma notícia da CNN/TVI que dá conta que o ministro das Finanças poderá ser constituído arguido num caso de alegada corrupção e viciação das regras de contratação pública na Câmara Municipal de Lisboa, quando ainda era autarca, em 2015 e 2016. De acordo com o canal, Fernando Medina terá sido implicado no caso pelo socialista Joaquim Morão que, neste âmbito, foi contratado para a gestão de obras públicas na autarquia. Medina já reagiu, garantindo que, se essas alegações existiram, "são falsas".
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